[Vídeo] Vereador que teve mandato cassado em São Brás chama população ribeirinha de “preguiçosa”
Declaração feita em vídeo gerou revolta nos moradores da população ribeirinha
Um vídeo que viralizou em redes sociais de moradores do município de São Brás deixou a população revoltada. As imagens mostram uma plantação em Rondônia e a voz, que é atribuída ao ex-vereador Jaelson dos Santos Silva, mais conhecido como Mima, que teve o mandato cassado em março, chama a população ribeirinha de “preguiçosa”.
“Região de preguiçoso é essa do Baixo São Francisco. Não entendo isso. No sertãozão de Rondônia, olha a plantação de uva. Se chovesse na beira do rio São Francisco, você não veria plantação de nada. E se você plantar, vão lhe roubar”, afirma o ex-vereador.
Segundo informações, o vídeo teria sido compartilhado pelo próprio Mima, em suas redes sociais. A declaração polêmica não repercutiu bem no município de São Brás, onde se fala que Mima pretende disputar novamente a eleição para a Câmara de Vereadores.
“É esse tipo de políticos que diz ser do povão? Fomos chamados de preguiçosos e ladrões. Mas quem é que tem preguiça de trabalhar? Nós ou o cara que vive se escorando em político para não trabalhar no Estado onde fez concurso e que responde a uma montanha de processos na justiça pelos mais variados crimes”, declarou um morador, que pediu para não ter o nome identificado na matéria.
Procurado pela reportagem, Mima admitiu ter gravado o vídeo, que foi enviado a um grupo de amigos. Ele afirmou que a declaração foi uma brincadeira e que ao falar a palavra preguiçoso, se referia aos amigos para quem ele mandou o vídeo. “Com tantas coisas importantes. Faça [a matéria que vou dar a minha versão. Não estou vendo nada demais”, afirmou, por mensagem ao ser informado sobre a matéria do 7Segundos.
Cassação de mandato
Mima teve o mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal de São Brás no mês de março, em decorrência de processo disciplinar após atitudes que feriram o decoro parlamentar. O ex-vereador é acusado de arremessar dinheiro na mesa diretora da Câmara, ]arrombar cadeados de órgãos públicos e de ir em escola, sem aviso prévio à direção, sob o pretexto de fiscalização, ato considerado invasão.
Ele também é acusado de agressão física, teria forjado um acidente de carro para receber dinheiro do seguro do veículo e ainda permitido que crianças de uma escola municipal manuseassem armas de fogo, incluindo fuzis, diante uma visita ao Cisp.
Na época da cassação, Mima disse ser vítima de perseguição política por denunciar a “farra das diárias”, que os vereadores receberiam indevidamente. A Câmara instaurou um procedimento para investigar a denúncia.
Após ter o mandato cassado, Mima, que é policial civil e atuava em Alagoas após ser cedido, retornou ao Estado do Acre, onde é concursado.
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