Trabalhadores sem terra realizam protesto em frente ao prédio da Prefeitura de Arapiraca
Sem terra reivindicam posse do terreno e assistência às 135 famílias acampadas
Os trabalhadores sem terra que estão acampados há quatro anos em um terreno localizado no bairro São Luiz II, em Arapiraca, saíram em passeata pelas ruas da cidade em direção ao Centro Administrativo Municipal. Eles reivindicam a posse do terreno onde as 135 famílias estão acampadas bem como assistência em saúde, construção de moradias, dentre outras reivindicações.
Em entrevista ao Portal 7Segundos, uma das líderes do movimento que integra a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNLC), Fabiana Oliveira, afirmou que durante os quatro anos que as 135 famílias estão acampadas em um terreno nas proximidades da Rua Camilo Collier, na divisa entre os bairros Primavera e São Luís, a Prefeitura de Arapiraca não ofereceu nenhum serviço aos acampados.
“Há muitas crianças e idosos no acampamento necessitando de assistência à saúde e não temos acesso às unidades básicas de saúde”, revelou.
Outro problema enfrentado pelos sem terra é a falta do recolhimento do lixo no entorno do acampamento. Eles afirmam que a coleta não é regular e os moradores do bairro acabam reclamando do acúmulo de lixo.
Uma das pautas da reunião que os líderes do movimento pretendem abordar com a prefeita Fabiana Pessoa é a construção de casas populares e /ou a regularização do cadastro no programa federal Minha Casa Minha Vida.
“Em Arapiraca há muitos residenciais populares e tem centenas de casas fechadas, abandonadas. É preciso que o poder público fiscalize essa situação para que famílias que não tem onde morar possam ocupar esse imóveis”, pontuou Fabiana Oliveira.
O professor universitário Clébio Correia, que tem um extenso histórico de militante e defensor das causas das minorias, participou da manifestação dos trabalhadores apoiando o movimento na defesa dos direitos dos sem terra.
Além das trabalhadores do acampamento do bairro São Luis II, as liderança sem terra também denunciam que outros acampamentos, a exemplo Feira grande, Sítio Flexeiras e Jardim das Paineiras, também necessitam de uma atenção dos órgãos municipais.