Desembargadores suspeitos de receber propina são alvo da PF em Minas Gerais
Segundo o Ministério Público Federal, eles recebiam os recursos para atuar em favor de envolvidos no esquema
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal (PF) cumprem, na manhã desta quarta-feira (18), 10 mandados de busca e apreensão durante a operação Cosme que investiga o recebimento de propina por parte de desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para influenciar na solução e no andamento de processos judiciais.
De acordo com a PF, são sete investigados que para conseguir os privilégios ofereciam retribuições financeiras e outras vantagens indevidas. Serão cumpridos seis mandados em Belo Horizonte, um na cidade de Ipanema, um em Engenheiro Caldas e dois no estado de São Paulo.
Entre os alvos estão os desembargadores Geraldo Domingos Coelho e Paulo Cézar Dias, além do advogado Ildeu da Cunha Pereira Sobrinho, que morreu em fevereiro deste ano. Ainda foi permitida a quebra de sigilo fiscal e bancários de vários investigados.
A operação é um desdobramento da Operação Capitu, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2018 que apurou a doação irregular de dinheiro para políticos e partidos, além de um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
A propina era paga por um grupo de empresários que se beneficiava de normativos editados pela pasta e que facilitava e viabilizava seus negócios comerciais, dando vantagens frente a outros concorrentes.