“Academias fechadas significam mais gente nos hospitais”, afirma profissional de Educação Física
João Carlos, proprietário da CAFC, afirma que fiscalização rigorosa poderia substituir fechamento de academias

O fechamento das academias determinado pelo governo estadual, em decorrência do aumento de casos e internações por Covid-19, não significa só prejuízo financeiro para os proprietários e seus funcionários. A medida impacta diretamente os usuários, que deixam de usufruir dos benefícios que as atividades físicas proporcionam à saúde de maneira geral.
“Nós somos clínicas de saúde preventivas. Exercícios físicos reforçam a imunidade, fortalecem o sistema cardiorrespiratório e a saúde de maneira geral. Quem faz academia fica menos doente, precisa menos de remédios e de hospital. Então, se as academias são fechadas, significa que vai ter mais gente nos hospitais”, afirmou o educador físico João Carlos, proprietário do Centro Atlético Força de Campeão (CAFC), localizado em Arapiraca.
Segundo ele, havia uma expectativa de que o anúncio do governador sobre o auxílio ao setor produtivo, na manhã desta sexta-feira (11), incluísse também as academias. Mas Renan Filho (MDB) se limitou a dizer que as academias permanecem fechadas e que como esse tipo de empresa não paga tributos estaduais, não havia como serem incluídas no pacote de auxílio voltados para o segmento de bares e restaurantes.
João Carlos classifica a decisão do Estado em manter as academias fechadas, sem previsão de reabertura, como “incoerente”, uma vez que exercícios físicos são prescritos pelos médicos justamente para combater e prevenir condições de saúde - hipertensão e obesidade, por exemplo - que são tratadas como comorbidades, que em vários casos levam os pacientes de Covid-19 a apresentarem a forma mais grave da doença.

João Carlos afirma que fiscalização atestaria segurança dos frequentadores das academias
“O fechamento afeta a nossa vida, a vida dos nossos funcionários e de nossas famílias, porque não tenho como pagar salários. Afeta também a vida e a saúde dos praticantes, incluindo aqueles que têm prescrição médica. Nada disso aconteceria se, em vez de fechar, o governo deveria determinasse fiscalização rigorosa de todos os estabelecimentos. Aqueles que não cumprem os protocolos sanitários, aqueles que trazem risco de contaminação de Covid-19 seriam fechados. Já aqueles que adotam todos os cuidados continuariam funcionando, obedecendo as determinações de distanciamento social”, ressaltou.
O educador físico afirma que o Estado teria condições de manter uma rotina de fiscalização rígida nas academias. Ele conta que enquanto o CAFC estava funcionando, recebeu uma equipe de fiscalização, que incluía policiais militares e bombeiros, com alta capacidade técnica e competência para avaliar as condições dos estabelecimentos.
“Não posso falar pelas outras academias, porque conheço apenas a realidade da minha. Nós seguimos 42 protocolos, que vão desde o distanciamento das máquinas até a climatização, porque eu acredito que se a gente está em busca de saúde, precisamos de um ambiente propício para isso. Nós somos a única academia do Estado que temos climatização a base de água em todos os ambientes. Esse tipo de climatização impede a proliferação de bactérias e vírus, incluindo o da Covid-19. Minha academia, e as demais que também cumprem todas as medidas de segurança, poderiam estar neste momento promovendo a saúde de seus usuários, mas estamos com as portas fechadas”, lamentou.

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