Em uma semana de implantação, fase vermelha não reduziu infecções por Covid-19 em Arapiraca
Número de casos positivos continua em alta e ocupação hospitalar chega a 84%

Uma semana após Arapiraca entrar para a fase vermelha do Plano de Distanciamento Controlado, as várias medidas restritivas ainda não tiveram efeito prático no número de infecções por Covid-19 na cidade. O município, inclusive está com ocupação hospitalar acima de 80%.
Conforme o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) a respeito da lotação dos hospitais. O município conta com um total de 151 leitos, 56 de UTI e outros 95 clínicos. No domingo (14), havia cinco leitos de UTI ocupados - apenas um estava disponível - e outros 77 leitos clínicos ocupados, levando a uma taxa de ocupação de 84%, acima da taxa de ocupação do Estado, que é de 70%, e a de Maceió, que é de 74%.
As medidas restritivas não tiveram o efeito desejado apenas em Arapiraca. Em Alagoas, de modo geral, os índices de casos positivos, óbitos e ocupação hospitalar também registraram alta na semana passada, em comparação com a semana anterior ao decreto que colocou Arapiraca e os demais municípios do Agreste e Sertão do Estado na fase vermelha, e Maceió e as demais regiões na fase laranja.
No período entre 1º de março até o último domingo (14), o município contabilizou 1.563 novos casos de Covid-19 e registrou um total de 25 mortes provocadas pela doença. A semana após o decreto da fase vermelha registrou números ligeiramente superiores aos da semana anterior, antes do decreto.
A primeira semana de março vinha registrando queda na quantidade de novos casos. Apesar de o dia 03 ter sido finalizado com 152 casos positivos, o número vinha reduzindo até chegar em 46 no dia 07, em que o governador Renan Filho (MDB) decretou a fase vermelha. Naquela semana, o total de casos positivos foi de 734 e de óbitos foi 11, com o sábado (06), sem nenhuma morte registrada.
Logo após o decreto - como é possível confirmar nos boletins divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca - os números de infecções e de mortes provocadas pela Covid-19 voltou a subir, passando de 82, no dia 08, com pico de 146 no dia 10, e finalizando a semana com 126, no dia 14. O somatório dos testes positivos diários chega a 829, quase 100 casos a mais que na semana anterior ao decreto.
Impacto
Apesar de não ter surtido nenhum efeito na quantidade de casos positivos e nem de óbitos por Covid-19, a fase vermelha trouxe várias consequências para a economia do município. Mais de uma centena de trabalhadores foram demitidos de bares, restaurantes e lanchonetes no primeiro dia em que a fase vermelha começou a valer. O segmento foi o que sofreu maior impacto com o decreto estadual, que permitiu que eles funcionem apenas por meio de entrega no local ou à domicílio. Dias depois, o governador anunciou um pacote de ajuda aos empresários do setor, com acesso a crédito e isenções fiscais.
Além do fechamento desses estabelecimentos para consumo no local, no município também estão proibidos eventos públicos ou particulares, o funcionamento de academias e o comércio passou a funcionar com horário limitado e fechamento nos finais de semana. Todas essas medidas visam a redução de aglomerações e de pessoas em circulação nas ruas, como uma forma de reduzir também a circulação do vírus.
Conforme cálculos com base no boletim da prefeitura de Arapiraca, o município tem hoje 1.084 moradores que estão fazendo tratamento para Covid-19. Destas, 30 estão internadas em hospitais e o restante está sendo medicada em casa, com a recomendação para fazer o isolamento, porque podem transmitir a doença a outras pessoas saudáveis.
Outra grande preocupação no município está relacionada à ocupação dos leitos. No domingo haviam apenas 19 leitos disponíveis para atender pacientes com Covid-19 em Arapiraca, levando em consideração que o município é referência em atendimento hospitalar para outros municípios do Agreste alagoano. A regulação desses leitos, no entanto, é estadual. Isso significa que, caso a ocupação chegue a 100%, os pacientes de Arapiraca deverão ser transferidos para hospitais em outras cidades.
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