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Alagoas reduz mortalidade infantil em 12,36% no ano de 2020 e índice baixa para 11.76

Dado consta no DigiSUS Gestor, órgão do Ministério da Saúde; política de Estado voltada à primeira infância por meio do Programa CRIA foi decisiva

Por Agência Alagoas 24/05/2021 09h09 - Atualizado em 24/05/2021 09h09
Alagoas reduz mortalidade infantil em 12,36% no ano de 2020 e índice baixa para 11.76
Alagoas reduz mortalidade infantil - Foto: Felipe Brasil

Alagoas fechou o ano de 2020 com uma taxa de mortalidade infantil de 11.76 para cada mil crianças nascidas vivas. O índice representa uma queda de 12,36% em relação ao ano de 2019, quando o índice foi de 13.42, segundo apontam dados do DigiSUS Gestor, órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), com base no DataSUS.

Ainda segundo o órgão federal, a série histórica mostra que em 2015 – primeiro ano da atual gestão estadual – Alagoas tinha uma taxa de mortalidade infantil correspondente a 14.65. Isso significa que, nos últimos cinco anos, o índice reduziu 19,72%.

Para a coordenadora do CRIA – Programa Criança Alagoana, Renata Calheiros, a redução é reflexo das políticas públicas voltadas à primeira infância, que vêm sendo instituídas em Alagoas desde 2018. “O Estado trabalha para que o ciclo do nascimento tenha as condições adequadas de saúde, assistência e nutrição, especialmente nos primeiros mil dias de vida. Esse novo olhar para as gestantes e crianças é que vem salvando vidas em Alagoas”, explicou.

Renata Calheiros destacou, ainda, os investimentos estruturais, como a construção do Hospital da Mulher, a aquisição de equipamentos para as maternidades e casas de parto, a qualificação de técnicos e a ampliação de leitos neonatais. “Criamos o Núcleo da Primeira Infância na Saúde, que atua potencializando os serviços do Estado, identificando os gargalos existentes e implantando novos projetos baseado nas melhores práticas de saúde”, disse a primeira-dama do Estado.

Renata Calheiros

As ações do CRIA, segundo a enfermeira Alessandra Viana, coordenadora do Núcleo para a Primeira Infância na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), colaboraram decisivamente para a redução da mortalidade infantil em Alagoas. “Com esses investimentos, trabalhamos a importância do parto e nascimento seguro e humanizado, resgatando a dignidade deste momento tão singular na vida de uma mãe e de um bebê”, ressaltou.

Cartão CRIA – Alessandra Viana destacou que, este ano, ainda como medida de enfrentamento à mortalidade infantil, o Executivo estadual, por meio da Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seads), criou o Cartão CRIA. Por meio dele, as primeiras 10 mil famílias cadastradas, que têm crianças de até 2 anos em sua formação e que vivem na pobreza e extrema pobreza, passaram a receber R$ 100 mensais.

“O Cartão CRIA já beneficia 60 mil famílias, com apenas três meses de implantado. Mas, a meta é atingir 180 mil famílias até junho, com a abertura do cadastro para crianças de até 5 anos, além de novas gestantes, que devem cuidar da saúde na Atenção Básica, realizando consultas de pré-natal, tomando as vacinas preconizadas e comparecendo às consultas do pós-parto”, informou a coordenadora do Núcleo para a Primeira Infância na Sesau.

Alessandra Viana

Vitória da Vida – Diante da redução da taxa da mortalidade infantil em Alagoas, apresentada durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, classifica a boa notícia como a vitória da vida. “Mais esta boa notícia na saúde pública de Alagoas é fruto de um trabalho ordenado, de muito planejamento e da atuação integrada da Sesau e da Seades por meio do CRIA”, salientou.

Por muito tempo, ainda segundo Ayres, a mortalidade infantil em Alagoas foi vista como uma fatalidade. “Mas, estamos mudando está ótica equivocada e mostrando que nenhuma criança pode morrer antes de completar cinco anos de vida por causas evitáveis. E com investimentos nas áreas de saúde e assistência social, estamos vencendo mais esta batalha, sempre em parceria com os municípios alagoanos”, enfatizou o gestor da saúde estadual.