Brasil registra, entre janeiro e abril, 64% mais mortes do que o esperado para o período, aponta levantamento
Painel do Conass e Vital Strategies aponta mais de 211 mil mortes acima do esperado para os primeiros 4 meses do ano
O Brasil teve, nos primeiros 4 meses de 2021, 64% a mais de mortes por causas naturaisdo que o que era esperado, aponta um levantamento divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
O estudo, realizado pela organização global de saúde Vital Strategies, aponta que houve 211.847 mortes a mais do que o que era esperado entre os dias 1º de janeiro e 17 de abril deste ano – período analisado neste balanço.
As mortes por causas naturais incluem as que ocorreram por doenças, como a Covid-19. Nesse critério, não entram aquelas por acidentes ou armas de fogo, por exemplo.
Na análise dos dados, os pesquisadores apontam que a infecção pelo coronavírus é um dos fatores responsáveis pelo excesso de mortalidade.
“Esta comparação dá uma dimensão do enorme impacto da epidemia de Covid-19 no país, já nos primeiros meses de 2021”, disse em nota o assessor técnico do Conass, Fernando Avendanho.
Ao todo, em 109 dias, era esperado que 328.665 pessoas morressem por causas naturais, com base nos dados históricos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde de 2015 a 2019.
Veja os principais pontos do levantamento:
O excesso de mortes foi maior na faixa etária de até 59 anos: houve 84% a mais de mortes do que o esperado. Na faixa acima dos 60, foram 58% de mortes a mais.
Também foi maior entre os homens do que entre as mulheres: o excesso entre o sexo masculino foi de 68%, e entre as mulheres, de 61%.
O Sudeste foi a região com o maior excesso de mortes, com 46%, seguido do Nordeste, com 19%. O Norte teve 8% a mais de mortes do que o esperado, o Centro-Oeste, 9%, e o Sul, 18%.
Os dados foram calculados segundo as semanas epidemiológicas (que vai do domingo até o sábado seguinte). A semana epidemiológica com o maior excesso de mortes foi a 13ª: de 28 de março a 3 de abril, com excesso de mortes em relação ao período de 2015 a 2019 de 117%.
O estado com maior percentual de excesso de mortes foi o Amazonas, com 173% a mais de mortes no período do que o que era esperado. O menor percentual foi visto no Piauí, que teve 18% a mais de mortes.
O Painel do Conass e Vital Strategies não aponta a causa das mortes. Com base no levantamento do consórcio de veículos de imprensa, em 1° de janeiro deste ano, o Brasil contabilizava 195,4 mil mortes confirmadas pela Covid-19 desde o início da chegada do Sars-CoV-2. Em 17 de abril, este número chegava a 371.889 mortes.
Em todo o ano passado, o excesso de mortalidade ficou em 22%. Em números absolutos, foram identificadas 275.587 mortes a mais do que o esperado.
Estudo aponta que países com alta incidência de excesso de peso concentram mortes por Covid-19
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