Criança de dois anos é encontrada morta em piscina e cuidadora é presa sob suspeita
Casal estaria em processo de adoção e vem sofrendo preconceito por identidade de gênero do homem

Uma criança de dois anos foi encontrada morta, em uma piscina de uma casa na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, neste sábado (24). Luan Henri de Sousa Santos estava em processo de adoção por um casal.
De acordo com as informações repassada por uma das cuidadoras legais do menino, os responsáveis estariam em casa com alguns amigos quando o corpo da criança foi encontrado na piscina. Ao terem visto o menor nessa situação, a mulher responsável teria tentando reanimá-lo, mas sem sucesso.
Posteriormente, Luan Henri foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marechal e a Polícia Militar e Civil foram acionadas para investigar o caso. A responsável legal da criança, uma advogada, que não teve o seu nome revelado, foi presa sob custódia e o caso está em investigação.
O que diz a defesa
A defesa do casal classificou o crime como uma fatalidade, negando quaisquer indícios de abandono parental.
“Ela foi autuada pelo crime de abandono de incapaz, onde o tipo penal, que é o artigo 133 do código penal, pressupõe uma desassistência a criança ou então a criança ser jogada à própria sorte e isso não ocorreu. Porque a criança estava dormindo e constantemente a acusada ia verificar se a criança estava dormindo e em uma dessas idas, ela constatou que a criança não estava no quarto”, explicou.
Além disso, o casal estaria sofrendo perseguição religiosa e preconceito por conta da identidade de gênero do homem da relação, que é uma pessoa transexual. “Acontece que as pessoas que criavam a criança, passaram por essa questão de preconceito. Levantaram a hipótese de haver a questão de abuso sexual, porém o laudo do IML diz que não foi constatada a questão do abuso”, afirmou.
Por decisão judicial, a mãe de santo da criança teria sido impedida de entrar em contato com a família, o que reforça o preconceito religioso apontado pela defesa.
“Além do preconceito da sexualidade, da advogada e do seu companheiro, há também o preconceito religioso. Eles fazem parte do candomblé e o preconceito é tanto, e é provado pela própria decisão da juíza, que pediu o afastamento da mãe de santo, que a advogada não pode ter contato com a mãe de santo da criança, isso prova escancaradamente o preconceito religioso”, argumentou.
Em nota, o IML esclareceu que ao realizarem o laudo cadavérico não foi encontrado nenhum indício de abuso sexual praticado pelo casal.
Confira abaixo, a nota na íntegra
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Instituto de Medicina Legal de Maceió esclarece que o laudo cadavérico em relação ao exame de necropsia realizado na criança L. H. de S. S., de 02 anos, ainda não foi concluído. Que foram coletadas amostras biológicas para exames complementares. O IML emitiu apenas a declaração de óbito com a causa da morte.
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