Rebeca Andrade é quinta no solo e não leva 3ª medalha em Tóquio
Jade Carey, dos Estados Unidos, ficou com ouro

Grande nome do Brasil nas Olimpíadas, Rebeca Andrade escreveu seu capítulo final em Tóquio. Depois de ganhar a prata no individual geral e o ouro no salto, a ginasta natural de Guarulhos (SP) e atleta do Flamengo competiu no solo e não teve o mesmo desempenho dos dias anteriores, desperdiçando a oportunidade de levar sua terceira medalha nos Jogos e ficando em quinto lugar. Jade Carey, dos Estados Unidos, ficou com ouro, Vanessa Ferrari, da Itália, com a prata, e Mai Murakami, do Japão, com o bronze.
Sem Simone Biles, que só participou até agora do início da final por equipes e saiu tanto da final do individual geral quanto das três primeiras finais por aparelhos — ela ainda é dúvida na trave —, o solo perdeu sua principal estrela, candidatíssima ao ouro. E a disputa ficou aberta.
Em uma competição de alto nível, onde a grande maioria das atletas acertaram seus movimentos, Rebeca novamente agitou o público presente com seu "Baile de Favela", mas acabou pisando fora da demarcação após o primeiro salto, o que comprometeu sua pontuação final, somando 14.033 na nota dos jurados. Carey obteve 14.366, Ferrari, 14.200, e Murakami, 14.166.
A russa Angelina Melnikova, do Comitê Olímpico Russo, também recebeu um 14.166, mas ficou em quarto lugar pelos critérios de desempate. Jessica Gadirova, da Grã-Bretanha, foi sexta com 14.000. Sua irmã britânica, Jennifer Gadirova, ficou na sétima colocação com 13.233, e a russa Victoriia Listunova, que sofreu uma queda, foi a oitava com 12.400.
Pior que nas eliminatórias e melhor que no individual
Rebeca Andrade teve uma pontuação um pouco menor que nas eliminatórias e melhor que no individual geral. Na primeira prova, ela obteve um 14,066 (5,7 de nota de partida e 8,366 de execução). Já na segunda, onde pisou fora da demarcação duas vezes, a brasileira recebeu um 13,666 (5,9 e 8,166).
Italiana e japonesa atingem marcas históricas
A italiana Vanessa Ferrari, que ficou com a prata, e a japonesa Mai Murakami, que foi bronze, atingiram marcas históricas com suas conquistas. Ferrari — que foi campeã mundial em 2006 — é a atleta mais experiente a conquistar uma medalha em Tóquio e a segunda dos últimos 50 anos da ginástica artística das Olimpíadas a ser medalhista na casa dos 30 anos de idade. Já Murakami ganhou a primeira medalha do Japão na ginástica nos últimos 57 anos.
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