Brasil conquista o primeiro ouro com direito a recorde
Gabriel Bandeira venceu a prova de natação dos 100m

O nadador brasileiro Gabriel Bandeira conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio ao vencer os 100m borboleta da classe S14.
O brasileiro terminou com o tempo de 54s76 e estabeleceu o novo recorde paralímpico da prova. A prata ficou com o britânico Reece Duun, com 55s12, e o bronze foi do australiano Benjamin James Hance, com 56s90.
“Eu treinei muito para isso e felizmente consegui repetir na piscina tudo o que eu tinha planejado. Estou muito feliz”, disse o nadador, após a prova, em declaração à Federação Internacional de Paranatação.
Bandeira não teve um dos melhores tempos de reação, mas se recuperou e bateu os primeiros 50m em segundo, com 25s80, atrás do norte-americano Lawrence Sapp – que terminou a prova em 5.º.
A segunda e última metade da prova do brasileiro, no entanto, foi muito forte e ele garantiu a vitória e a melhor marca da prova, que fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos.
Mais cedo, nas eliminatórias dos 100m borboleta da classe S14, o recorde paralímpico foi batido três vezes: primeiro pelo australiano Liam Schulter, com a marca de 58s38, depois por Bandeira, que venceu sua bateria com 56s78, e, por fim, por Dunn, com 55s99.
Na final, tanto Dunn quanto Bandeira nadaram abaixo da marca estabelecida pelo nadador britânico na bateria de classificação.
Somando este pódio, o Brasil já conquistou 303 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, são 88 medalhas de ouro, 113 de prata e 102 de bronze, o que coloca o país entre as 20 nações com mais medalharam em toda a história das Paralimpíadas.
Entenda as nomenclaturas da natação nas Paralimpíadas
Além dos quatro estilos (livre, costas, peito e borboleta), os nadadores são divididos por deficiências. As classificações sempre começam com S (de swimming), sendo que o estilo peito também é representado pela letra B, ou seja, pela sigla SB.
Do S1 ao S10, competem atletas com limitações físico-motoras. Do S11 ao S13, nadadores com deficiência visual. E no S14 nadam os esportistas com deficiência intelectual. Quanto maior o grau de comprometimento, menor o número da classe.
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