Investigados em operação, Arlindo Garrote e Aldo Lira são afastados dos cargos
Afastamento do DNOCS e da prefeitura de Estrela de Alagoas foi determinado pela Justiça Federal
Ainda como parte da segunda fase da Operação Aurantium, o prefeito de Estrela de Alagoas Aldo Lira, e o coordenador do DNOCS em Alagoas, Arlindo Garrote, foram afastados dos cargos por decisão da 12ª Vara Federal de Alagoas.
Arlindo Garrote e Aldo Lira são acusados de desvio de recursos federais e lavagem de dinheiro investigados pela Polícia Federal desde setembro do ano passado. Eles e outros agentes públicos do município e ainda empresários, contadores e laranjas, seriam responsáveis por esquema que pode ter desviado mais de R$ 20 milhões da prefeitura de Estrela de Alagoas, em dois contratos celebrados nos anos de 2013 e 2017.
O processo corre em segredo de Justiça, mas de acordo com informações, o prefeito de Estrela de Alagoas e o coordenador do DNOCS serão comunicados da decisão judicial por agentes da Polícia Federal nesta quarta-feira (15).
Os gestores não tiveram os nomes divulgados no decorrer da Operação Aurantium, mas no período em que os contratos foram celebrados, Arlindo Garrote era prefeito de Estrela de Alagoas.
O grupo criminosos é acusado de desviar recursos oriundos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate) e do Sistema Único de Saúde (SUS), em contratos para prestação de serviços de locação de veículos e de máquinas pesadas. Mas, das três empresas contratadas, duas sequer existiam no papel e serviam apenas para emissão de notas fiscais frias, e a terceira apesar de prestar o tipo de serviço, não tinha condições de executar o contrato, de acordo com a Polícia Federal.
Os serviços, em vez de serem prestados pelas empresas, eram executados pela própria prefeitura ou por terceiros. No decorrer das investigações, a Polícia Federal descobriu também que a maior parte do volume de recursos desviados foram sacados em dinheiro logo após serem transferidos das contas do município para as empresas contratadas.
"Foram feitos vários saques, na boca do caixa, como se fala, nos valores de R$ 100 mil, R$ 200 mil, nos dias seguintes às transferências recebidas pelas empresas", afirmou o delegado federal Luciano Patury.
De acordo com ele, os recursos desviados da prefeitura de Estrela de Alagoas proporcionaram uma vida de luxo aos envolvidos. O dinheiro foi utilizado na compra de carros de luxo - em nome de laranjas - e ainda benfeitorias em uma suntuosa fazenda no município de Palmeira dos Índios. O delegado declarou que a propriedade é tão luxuosa que até as baias que abrigam cavalos são mais confortáveis e requintadas do que a maioria das residências dos moradores de Estrela de Alagoas.
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