Agricultura

Após assistência da Emater, produtor aumenta renda familiar em 500% e se muda para casa de alvenaria

Renda familiar era baseada no dinheiro que recebe do Bolsa Família e da captura do camarão no Rio São Francisco

Por Ascom Emater 26/11/2021 14h02
Após assistência da Emater, produtor aumenta renda familiar em 500% e se muda para casa de alvenaria
Após assistência da Emater, produtor aumenta renda familiar em 500% e se muda para casa de alvenaria - Foto: Ascom Emater

Cícero Moreira, ou, como prefere ser chamado, “Gôbeu”, é um pescador artesanal. O quilombola é casado e tem seis filhos. A renda familiar era baseada no dinheiro que recebe do Bolsa Família e da captura do camarão no Rio São Francisco.

Gôbeu morava com a esposa, Viviane Moreira, e os filhos em uma casa de taipo no Povoado Cruz, em Delmiro Gouveia, no Alto Sertão de Alagoas. Ele tinha apenas 20 armadilhas de captura, que lhe davam uma renda semanal de R$ 50.

Em 2017, a família quilombola começou a receber assistência técnica do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater), por meio do programa Fomento Semiárido, que possibilitou mais investimentos na exploração de camarão, com o repasse de R$ 2.400

Graças ao projeto, Gôbeu triplicou o potencial de captura com o aumento da capacidade de exploração e comercialização do pescado. Hoje, a renda familiar cresceu 500% por semana. Antes, a família tirava R$ 200 por mês, agora, o valor mensal é de R$ 1.200.

O aumento nos lucros também possibilitou uma mudança substancial na qualidade de vida dos quilombolas, pois, por conta disso, a família conseguiu construir uma casa de alvenaria, que os trouxe mais conforto e segurança que a residência anterior.

“Antes, nós não tínhamos muita expectativa de mudança, a pesca era muito pouca e vivíamos em uma situação difícil. Hoje, a vida melhorou demais, sempre temos o que pescar, o que comer e podemos honrar nossas contas. Nossa casa nos deixa protegidos de insetos e bichos [que entravam sempre] e podemos dormir sossegados e confortáveis”, relatou.

A técnica da Emater responsável pela assistência, Dinayze Almeida, explicou que o trabalho do Instituto possibilitou que ele aumentasse a capacidade de captura, consequentemente aumentando a venda e a renda. “Desta forma, a família obteve uma melhoria na qualidade de vida”.

Além do Fomento Semiárido, a Emater também proporcionou o acesso às diversas políticas públicas, como por exemplo a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) de pescador. Por meio do documento, eles recebem o seguro defeso durante quatro meses no ano.

10 anos da Emater

Criada em 2011, a Emater completa 10 anos no dia 1° de dezembro de 2021. E, ao longo das próximas semanas, serão divulgados os 10 casos que obtiveram os maiores êxitos durante este período, para dar visibilidade ao trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) realizado pelo Instituto.

A ação visa mostrar a importância destes serviços para o agricultor e para a economia no Estado, pois, quando o campo produz, Alagoas desenvolve.