Arapiraca

Em 10 anos, Arapiraca realizou mais de 5.500 atendimentos a mulheres vítimas de violência

O município agrestino conta com um órgão de referência no atendimento às vítimas

Por 7Segundos 07/08/2022 08h08
Em 10 anos, Arapiraca realizou mais de 5.500 atendimentos a mulheres vítimas de violência
Em 10 anos, Arapiraca já realizou mais de 5.500 atendimento a mulheres vítimas de violência - Foto: Ilustração/Freepik

Agosto é o mês de combate à violência contra as mulheres e as ações em alusão ao tema já começam a ser executadas em todo o estado de Alagoas. Em Arapiraca, o Centro de Referência em Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência (Crasmsv) completa 10 anos de atuação e já realizou mais de 5.500 mil atendimentos em uma década de trabalho dedicado ao acolhimento dessas mulheres.

O Centro é uma referência na região. Inaugurado em 2012, é um espaço destinado a prestar acolhimento e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência, proporcionando atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamentos jurídicos necessários à superação da situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher.

MAPA DA VIOLÊNCIA

Uma pesquisa desenvolvida pelo Juizado da Mulher de Arapiraca apontou que 83,9% dos agressores já possuíam histórico de violência doméstica contra as vítimas. 

Para o juiz Alexandre Machado, titular do juizado, a dificuldade que muitas mulheres têm em sair do ciclo de violência.

“Por outro lado, mostra que o agressor deve ser trabalhado, no âmbito do Poder Judiciário, para além da punição. É importante levantar reflexões sobre a responsabilização dos fatos vivenciados e apontar formas de enfrentamento dos conflitos, sem a utilização da violência”, destacou o magistrado.

O “Mapa da Violência Doméstica e Familiar de Arapiraca” foi feito por meio da coleta de dados dos autos processuais de medidas protetivas referentes ao ano de 2021. A pesquisa mostrou ainda que o principal crime praticado contra as mulheres, naquele ano, foi o de ameaça (75,8%), seguido por injúria (42,2%) e lesão corporal leve (26,1%).

O principal tipo de violência doméstica segue sendo a psicológica, observada em 84,5% dos processos. A violência moral vem logo em seguida (80,1%), acompanhada da violência física (49,7%).

CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER

Com o objetivo de facilitar o acesso aos serviços de proteção, o Governo Federal criou a Central de Atendimento à Mulher. Através do número 180 é prestada escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. 

O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso.

O serviço é integralmente gratuito e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana e funciona em todo o território nacional.