Renner vai fechar mais lojas? Entenda o que houve com a empresa
A companhia não descarta "algum fechamento" pontual daqui para frente

O consumidor que pretende fazer compras nas Lojas Renner tem menos opções de endereços para visitar. Isso porque a holding fechou 20 lojas físicas no primeiro trimestre, sendo 13 da Camicado, três da YouCom e o restante da varejista que dá nome à companhia. A empresa também demitiu funcionários no período.
A companhia não descarta "algum fechamento" pontual daqui para frente. A diferença, segundo comunicado enviado ao Valor, é que será algo "dentro da normalidade".
"Daqui para frente pode haver pontualmente algum fechamento, dentro da normalidade. O que ocorre nos meses seguintes é a retomada do volume de inaugurações de novas lojas."
A expectativa da varejista é a abertura de cerca de 15 a 20 lojas da Renner, de 10 a 15 da Youcom e cinco da Ashua.
Mas, então, o que explica o fechamento de tantas unidades nesse início de ano? A resposta é uma mescla de decisões erradas da direção e um cenário negativo para o varejo — que enfrenta dificuldades com o comprometimento da renda dos consumidores (veja mais abaixo).
O que aconteceu com a Renner
A varejista começou o ano com estoque alto e precisava reduzir o volume; assim, decidiu cancelar a coleção de transição e seguir direto para as roupas de inverno. Essa estratégia já havia sido usada em 2022, mas neste ano não funcionou.
O motivo é que, além de a temperatura ter se mantido elevada no início do segundo trimestre, a escolha por preços "cheios" encontrou bolsos mais comprometidos. Dessa forma, as vendas desaceleraram especialmente após março.
"A companhia segue fazendo uma análise do desempenho das suas lojas [...] agora levando em conta o fluxo de clientes pós-pandemia, o que ocasionou uma revisão maior e mais concentrada nesse início de ano", diz a empresa em nota ao Valor.
Durante teleconferência com analistas, o comando das Lojas Renner admitiu que cometeu erros de análise.
“O momento está um pouco difícil, o ambiente não nos ajuda muito, e o tempo [clima] e o ambiente ‘macro’ são incontroláveis, mas a empresa tem que ajudar. Podemos não ter feito bem, mas a equipe está unida trabalhando”, disse o presidente do conselho de administração da rede, José Galló, durante evento anual com investidores.
Sobre inadimplência, a diretoria financeira disse que ela “segue elevada” e não é mais efeito de pandemia. A taxa de contas em atraso com mais de 90 dias subiu 0,8 ponto. Da carteira total, o volume de vencidos subiu de 22,1% de janeiro a março de 2022 para 28,3% em 2023 — a perda líquida cresceu de 3,5% para 5,6%.
Esses dados mostram que a varejista ainda tem dever de casa para fazer. O problema é fazer isso sem um cenário mais claro de retomada consistente da demanda.
Com informações de Adriana Mattos
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