Corpo de modelo morta pela polícia nos EUA chega ao Brasil quatro meses após o crime
Graciela foi morta no dia 30 de janeiro, mas a família só soube do ocorrido dia 9 de fevereiro
O corpo da modelo alagoana Gleise Graciela Firmiano, de 30 anos, que foi morta pela polícia durante uma abordagem nos Estados Unidos, finalmente chegou ao Brasil nesta sexta-feira (26), após meses de luta incansável por parte de sua família. Gleise, natural do município de Penedo e residente por muitos anos em Porto Real do Colégio, havia se mudado para o exterior em busca de novas oportunidades.
Após quatro meses de espera angustiante, os familiares de Gleise Graciela poderão dar a ela um sepultamento digno. O corpo chegou nas primeiras horas desta sexta-feira a um aeroporto em São Paulo e será transladado para o Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, de onde seguirá para o município de Porto Real do Colégio, local onde ocorrerá o sepultamento. Ainda não há uma data definitiva para a chegada do corpo a Alagoas e, portanto, a data exata do sepultamento ainda não foi definida.
A triste história de Gleise Graciela teve início no dia 30 de janeiro, quando ela perdeu a vida em uma abordagem policial nos Estados Unidos. No entanto, sua família só foi informada do ocorrido no dia 9 de fevereiro, por meio do companheiro da vítima, com quem ela vivia há cerca de oito anos no exterior.
Inicialmente, a versão relatada à família da modelo era a de que Gleise Firmiano teria fugido de casa com uma arma após uma discussão com seu companheiro, que então acionou a polícia local. Pouco tempo depois, ela foi encontrada e acabou sendo morta. Na época, foi divulgado que não havia evidências de que a mulher tivesse atirado contra os agentes.
Entretanto, a irmã da modelo, Cleane Firmiano, afirma que a polícia mudou a versão dos acontecimentos após a repercussão do caso. Por esse motivo, toda a família de Penedo está descrente das versões apresentadas pelas autoridades norte-americanas sobre a morte de Gleise.
"Agora eles estão alegando que ela atirou no policial com uma arma de fogo e eles revidaram com um taser (arma de choque). Mas isso não faz sentido, uma pessoa apontar ou disparar uma arma de fogo contra policiais americanos e eles revidarem com uma arma de choque. Nós estamos ansiosos por uma explicação clara", declarou Cleane Firmiano ao Portal Aqui Acontece, do Baixo São Francisco.
A família de Gleise Graciela busca por justiça e exige uma investigação minuciosa das circunstâncias que levaram à morte da modelo. Eles esperam que as autoridades brasileiras e americanas cooperem para esclarecer os fatos e garantir que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.