Arapiraca

Reunião com MP define criação de grupo de trabalho para discutir tremores de terra em Arapiraca

Geólogos vão estudar se fenômeno está relacionado às atividades da Mineradora Vale Verde

Por 7Segundos com Assessoria MPAL 17/10/2023 15h03
Reunião com MP define criação de grupo de trabalho para discutir tremores de terra em Arapiraca
Reunião aconteceu nesta terça (17), em Arapiraca - Foto: Ascom MPAL

Órgãos de fiscalização ambiental, universidades, Ministério Público, Defensoria da União, Defesas Civis e prefeitura irão criar um grupo de trabalho para identificar as cauas e criar um plano de contingência para os tremores de terra registrados em Arapiraca.

A formação do grupo ficou definida em reunião ocorrida nesta terça (17) e, de acordo com o promotor de justiça, Cláudio Teles, que participou do encontro representando o Ministério Público Estadual, explicou que cada órgão tera um papel definido e missões a cumprir.

“Viemos ouvir as primeiras explicações técnicas para, a partir de agora, podermos começar a monitorar essa situação. Estiveram presentes a Ufal, Uneal, IMA, Defesas Civis do Estado e de Arapiraca, Defensoria Pública da União e a própria Prefeitura de Arapiraca, ou seja, todos os atores envolvidos que podem intervir e contribuir com o trabalho em busca da resolução dessa demanda. Os órgãos técnicos farão os estudos geológicos e nós vamos seguir fiscalizando esses estudos, de modo que o meio ambiente não seja prejudicado e que os moradores não sejam submetidos a qualquer tipo de risco”, explicou o promotor.

Entre as missões, os geólogos da Ufal e da Uneal irão estudar se os abalos sísmicos têm relação com as atividades da mineração da Vale Verde no município de Craíbas, enquanto isso, as Defesas Civis do Estado e de Arapiraca farão levantamento das áreas de risco para a população.

Mas, de acordo com a geóloga da Ufal, Rochana de Andrade, não há motivo para preocupação no momento.

“De antemão, posso assegurar que não há motivo para pânico neste momento. É normal acontecer a movimentação das rochas e o seu fissuramento, então, o que temos que avaliar é se o que ocorreu está dentro do processo natural ou, se fato, foi algo provocado por fator externo. Dentre outras coisas, iremos pedir ajuda ao laboratório de cismologia da Universidade do Rio Grande do Norte e estudar os relatórios da mineradora e fazer um comparativo com os dias de exploração e as datas que ocorreram os tremores”, explicou a professora Rochana de Andrade, geóloga da Universidade Federal de Alagoas.

Segundo o secretário municipal de Ordem Pública de Arapiraca, Enio Bolivar, no novo encontro agendado para o dia 16 de novembro, o grupo de trabalho já deverá trazer os primeiros resultados das missões dadas a cada uma das instituições.