Sesau realiza Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos em Arapiraca e Taquarana
Iniciativa visa, por meio da coleta de água, traçar o perfil da utilização dos agrotóxicos e identificar os princípios ativos circulantes nos territórios
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio da Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental, realizou, nesta terça-feira (9), mais uma edição do Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA). A iniciativa ocorreu nas cidades de Arapiraca e Taquarana e visa, por meio da coleta de água, traçar o perfil da utilização dos agrotóxicos e identificar os princípios ativos circulantes nos territórios.
As amostras de água coletadas nas duas cidades visitadas serão encaminhadas ao Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). Na sequência, elas serão remetidas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para análise e detecção de possíveis agrotóxicos.
Atualmente, Alagoas conta com 11 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde (MS) para a implantação e operacionalização do VSPEA. Além de Taquarana visitada nesta terça-feira (9), integram o grupo os municípios de Água Branca, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Junqueiro, Limoeiro de Anadia, Piranhas, São José da Tapera, São Sebastião e Traipu. Além deles, os municípios de Arapiraca e Maceió foram escolhidos pelo Estado, por possuírem um número elevado de notificações por agrotóxico.
A técnica de Vigilância em Saúde Ambiental, Edlene Medeiros, explica que o VSPEA busca monitorar o uso indiscriminado de agrotóxicos e os impactos que eles causam na saúde da população que tem contato direto com eles. “O Programa contribui para chamar a atenção da necessidade de maior controle de qualidade dos alimentos, por meio de ações que promovem a rastreabilidade das amostras, autuação de fornecedores irregulares e adoção de medidas educativas”, pontuou.
Ainda de acordo com Edlane Medeiros, a exposição das pessoas aos agrotóxicos é um problema de saúde pública. “O perfil de população mais exposta a este tipo de intoxicação, em Alagoas, basicamente é o trabalhador aplicador de agrotóxico, embora o contexto familiar dele também sofra. Isso porque, os familiares têm contato direto com a vestimenta utilizada pelo agricultor também estarão se expondo”, destacou.