Começou em 1986: como mulher enganou Exército e terá de devolver R$ 3,7 mi
Ana Lucia Galache tinha 15 anos quando seu documento foi fraudado

Ana Lucia Umbelina Galache de Souza foi condenada por fraudar documentos para receber uma pensão do Exército por mais de 30 anos. Sua avó, que foi quem teve a ideia, a ajudou a emitir novos documentos e testemunhou a favor da paternidade forjada.
25 de setembro de 1986: com medo de perder a pensão do irmão, que não tinha herdeiros, Conceição Galache de Oliveira registrou a neta, Ana Lúcia, aos 15 anos, no cartório de Campo Grande (MS), como filha do ex-combatente da Segunda Guerra Mundial Vicente Zarate e de Natila Ruiz. No documento, constava que ela tinha nascido em 6 de junho de 1970, e ela passou a se chamar Ana Lúcia Zarate.
17 de outubro de 1988: Morre Vicente Zarate. Com a nova documentação vigente para Ana Lúcia, sua pensão para familiares começa a ter validade. Foi Conceição que foi à seção do Serviço de Inativos e Pensionistas (SSIP 9) para "confirmar" que Ana Lúcia Zarate era beneficiária do irmão.
5 de janeiro de 1989: Pela primeira vez, Ana Lúcia foi pedir sua pensão de filha de militar presencialmente. Em 27 de janeiro daquele ano o pedido foi aceito. A partir de então, passou a receber pensão integral.
Dezembro de 2021: A farsa funcionou sem problemas por 32 anos, até a avó de Ana Lúcia exigir que recebesse mais dinheiro da pensão do irmão. Conceição exigia receber R$ 8.000 e disse que, se a neta não pagasse, a denunciaria. E foi o que ela fez. Após a denúncia para a Polícia Civil, a pensão foi interrompida imediatamente.
Maio 2022: Conceição morreu, e Ana Lúcia é a única que pode responder pelos crimes.
Nesse ano, Ana Lúcia foi chamada para prestar depoimento. Em seu interrogatório, confessou a fraude, admitiu saber que Vicente Zarate era seu tio-avô e que utilizava o nome "Ana Lucia Zarate" apenas para obter a pensão militar. A fraude foi confirmada pela Administração Militar, que deu início aos processos judiciais contra ela.
Setembro de 2022: A Defensoria Pública da União apresentou recurso. Segundo eles, Ana Lúcia não teve dolo na fraude, pois à época do registro como filha de Vicente Zarate ela era menor de idade e foi manipulada por sua avó, que arquitetou o golpe.
Fevereiro de 2023: Ana Lúcia foi condenada a devolver R$ 3.194.516,77, corrigidos. O Tribunal de Contas da União pediu também que ela pague uma multa de R$ 1 milhão. A Justiça Militar a condenou a três anos e três meses de reclusão por estelionato. Ela recorreu e responde em liberdade.
Novembro de 2024: STM decidiu manter condenação, que pedia devolução do valor milionário recebido por Souza ilegalmente e alega que ela cometeu o crime de estelionato. A Defensoria Pública ainda não se manifestou.
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