Baixo São Francisco

Edufal e Expedição Científica lançam 3º volume de livro sobre o Baixo São Francisco

Obra traz resultados das pesquisas realizadas em 2022 e 2023, em mais de 30 áreas do conhecimento

Por 7segundos/Assessoria 17/12/2024 17h05 - Atualizado em 17/12/2024 17h05
Edufal e Expedição Científica lançam 3º volume de livro sobre o Baixo São Francisco
Lançamento ocorreu na última segunda-feira (9), na sede da Edufal - Foto: Ascom

Alegria, gratidão e sensação de dever cumprido resumem o sentimento dos pesquisadores e colaboradores que integram a Expedição Científica do Baixo São Francisco. São seis anos de biomonitoramento contínuo da região do Rio São Francisco, entre os Estados de Alagoas e Sergipe, que já renderam dezenas de publicações, como artigos científicos, cartilhas educativas e livros.

O 3º volume do livro “O Baixo São Francisco: características ambientais e sociais” foi lançado na última segunda-feira (9), na sede da Editora da Ufal (Edufal), no Campus A.C. Simões, reunindo gestores públicos e comunidade universitária. A cerimônia de lançamento foi dirigida pelo professor Erado Ferraz, diretor da Edufal, e teve como representantes a vice-reitora da Ufal e expedicionária, Eliane Cavalcanti; o pró-reitor de Gestão de Pessoas e do Trabalho da Ufal, Wellington Pereira; o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) de Maceió, Cantídio de Freitas; o ambientalista e doutor Honoris Causa pela Ufal, Jackson Borges; e os professores e coordenadores das Expedições, Emerson Soares e José Vieira.

A obra inédita é composta por 31 capítulos escritos por pesquisadores de dezenas de universidades e instituições de pesquisa brasileiras e traz resultados e dados comparativos das análises realizadas durante as 5ª e 6ª Expedições (em 2022 e 2023, respectivamente), em oito municípios ribeirinhos - Piranhas, Pão de Açúcar, Traipu, Propriá (SE), São Brás, Igreja Nova, Penedo e Piaçabuçu. As temáticas abordam a qualidade da água do Rio São Francisco, a qualidade do pescado, a situação das áreas ciliares, biofonia, atividade pesqueira, como está a saúde da população (perfil bioquímico, levantamento epidemiológico etc.) e os aspectos sociais e antropológicos das comunidades tradicionais.

Na oportunidade, a vice-reitora Eline Cavalcanti destacou a importância do trabalho e o quanto os ribeirinhos precisam de um olhar diferenciado sobre suas necessidades. “Estar aqui hoje representando a Reitoria e ser uma expedicionária me traz uma satisfação muito grande, porque sabemos da seriedade, da força e da abrangência que esse trabalho tem, e que esse trabalho não pode parar. Não pode parar porque a população clama por ajuda, por cuidado, e a universidade tem o dever de sair dos muros e mostrar sua relevância à sociedade com ações práticas”, ponderou Cavalcanti.

De acordo com José Vieira, o programa das Expedições tem um legado e tem dado frutos, literalmente, por meio das fossas agroecológicas, uma tecnologia social que proporciona saneamento básico e ainda tem o potencial de produzir excelentes frutos, como bananas e mamões. “As fossas que instalamos em escolas de Alagoas e Sergipe têm servido como exemplo para outros estados, como o Ceará. Ou seja, a Expedição vai além de publicações, ela tem transformado muitas vidas. Com mais esse livro, o nosso 3º, os gestores e a sociedade têm em mãos um amplo diagnóstico da região do Baixo São Francisco”, explanou Vieira.

Em sua fala, o professor Emerson Soares relembrou a evolução da Expedição ao longo dos anos, que começou em 2018, somente com uma embarcação, e prosseguiu ano após ano, crescendo em importância, estrutura, investidores e pesquisadores. “A confiança da população no nosso trabalho e o amor pelo Velho Chico nos impulsionam. Começamos com 15 áreas de pesqiusa; hoje, temos 35. E isso só foi possível através do trabalho voluntário de cada pesquisador, de cada pescador, da equipe de apoio, e dos nossos investidores: o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), que foi o primeiro a apostar nesse programa; o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf); e a Fundação de Amparo à Ciência do Estado de Alagoas (Fapeal). Muito obrigado a todos, esta é mais uma conquista coletiva!”, finalizou Soares.

Os três volumes do livro “O Baixo São Francisco: características sociais e ambientais” estão à venda na Edufal e também por ser acessados como e-book, gratuitamente, no site www.edufal.com.br.