Polícia

Adolescente de 16 anos foi morta pelo tribunal do crime em Olho d’Água das Flores, diz polícia

Quatro suspeitos foram identificados; dois estão presos, um morreu em confronto e outro segue foragido

Por 7Segundos 13/08/2025 08h08 - Atualizado em 13/08/2025 09h09
Adolescente de 16 anos foi morta pelo tribunal do crime em Olho d’Água das Flores, diz polícia
Adolescente de 16 anos foi morta pelo tribunal do crime - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas concluiu, nesta terça-feira (12), o inquérito policial que investigou o desaparecimento e homicídio da adolescente Kelly Kethylin Bezerra Gomes, de 16 anos, ocorrido no final de junho de 2025, em Olho d’Água das Flores, no Sertão de Alagoas. Dentre as conclusões da Polícia Civil está que a jovem foi executada pelo “tribunal do crime”, por supostamente ter  delatado a localização de um membro de organização criminosa. 

No dia 01 de julho de 2025, o corpo da vítima foi encontrado em uma cova rasa, em área de mata. Após exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML), foi confirmada a identidade da adolescente.

As investigações, conduzidas por meio da Delegacia de Homicídios da 2ª Região, com o delegado titular Leonardo Amorim, em parceria com o 35º Distrito Policial (35º DP) de Olho d’Água das Flores, a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (Dinpol) e o setor de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), identificaram quatro envolvidos no crime: três homens e uma mulher.

Entre os suspeitos, um homem e sua companheira estão presos preventivamente. Outro investigado morreu em confronto com a Polícia Militar e o quarto permanece foragido.

Segundo o delegado Leonardo Amorim, a ordem para o assassinato partiu da cúpula de uma facção criminosa, que teria submetido a adolescente ao chamado “tribunal do crime” sob a falsa acusação de ser “delatora”, por supostamente ter informado a localização de um integrante da organização. As investigações realizadas pela delegacia comprovaram que Kelly nunca fez tal denúncia, sendo morta injustamente, vítima da arbitrariedade da facção que atua na região.

O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário com o indiciamento dos autores identificados.