Seleção masculina de vôlei vira na raça, bate a Argentina no tie-break e segue 100% na Olimpíada de Tóquio
A vitória veio em uma virada impressionante em Tóquio
Foi com emoção, com o coração e com muitos altos e baixos, situações que precisam melhorar nos próximos jogos, mas foi. Numa virada espetacular, para dar moral e fazer o time crescer no difícil caminho do Grupo da Morte, o Brasil derrotou a Argentina por 3 sets a 2 – parciais de 19-25, 20-25, 25-16, 25-21, 16-14 -, depois de perder as duas primeiras parciais, na manhã desta segunda-feira, na Ariake Arena, pela segunda rodada do Grupo A do torneio de vôlei masculino da Olimpíada de Tóquio.
O próximo adversário do Brasil é a Rússia, quarta-feira, às 9h45 (horário de Brasília). Os russos estão invictos, derrotaram os Estados Unidos por 3 a 1 na rodada e lideram a chave com 6 pontos. A Seleção Brasileira também está invicta, mas ocupa a segunda posição, com 5 pontos.
O Brasil demorou a acordar, assim como no jogo da estreia, contra a Tunísia. Perdeu os dois primeiros sets com uma atuação muito ruim, com um passe sofrível, um saque muito passivo e sem conseguir achar a Argentina no bloqueio ou na defesa.
Os hermanos, ao contrário, fizeram dois sets impecáveis. Jogaram com passe na mão praticamente o tempo inteiro – mesmo nos sets em que perdeu. Mostraram todo o seu repertório de fundo de quadra eficiente, com defesas incríveis. Não tinha bola pedida. E vendeu muito caro a vitória para o Brasil. O levantador De Cecco foi um dos grandes nomes da partida, num dia de altos e baixo de Bruninho. Impreciso, o campeão no Rio-2016 deixou a quadra para a entrada de Cachopa, mas se redimiu e voltou no final do quarto set para comandar a virada, já bem melhor do que nas parciais anteriores.
Renan escalou o Brasil com Bruninho, Wallace, Lucão, Isac, Leal, Lucarelli e Thales (líbero). Mas, mexeu muito na equipe ao logo do jogo. Ainda no primeiro set, Maurício Souza entrou no lugar de Isac, diante da ineficiência do bloqueio no jogo. Na segunda parcial, todo o banco entrou em quadra: Cachopa, Alan, Maurício Borges e Douglas Souza.
Diante de uma Argentina solta, jogando o passe na mão o tempo inteiro e com De Cecco distribuindo muito bem, acionando os centrais e acelerando a bola com os seus ponteiros, o Brasil não conseguiu se encontrar nos dois primeiros sets.
O Brasil voltou melhor no terceiro set, com Cachopa no lugar do Bruninho e Leal de volta ao time. Com três bons contra-ataques – dois deles com Leal -, a seleção abriu 5 a 1, obrigando Marcelo Mendez a pedir tempo. Os atuais campeões olímpicos mantiveram o bom momento e administraram a vantagem até o final, amortecendo mais as bolas dos hermanos no bloqueio e pontuando nos contra-ataques.
No quarto set, no entanto, os erros de passe voltaram a fazer a diferença. Jogando só com as extremidades, o Brasil foi presa fácil para a boa defesa rival. A Argentina seguiu jogando com o passe na mão dificultando a marcação brasileira. Nesse bom ritmo, os rivais abriram logo 15 a 9 e o jogo parecia caminhar para uma derrota brasileira por 3 a 1.
Bruninho voltou para a quadra e, numa boa passagem de Leal pelo passe, diminuiu a diferença para 15 a 13. O Brasil virou em 18 a 17 com Alan também fazendo boa passagem pelo saque. Bem mais agressivo nesse fundamento, a seleção viu o sistema bloqueio-defesa naturalmente crescer. Nos contra-ataques, foi mortal, com Lucão bem no bloqueio e no ataque para empatar o jogo em 2 a 2.
Renan começou o tie-break com outra formação, com Bruninho e Alan, a dupla da inversão que funcionou bem no quarto set, no time. O espírito já era outro. Agressivo no saque e melhor na defesa, o Brasil fez seu melhor set nos Jogos até agora. O tie-break foi equilibrado até a reta final, quando a Argentina abriu 11 a 9 e Renan pediu tempo. Na volta, a equipe verde-amarela virou, com boa passagem de Lucarelli no saque e Leal virando três bolas seguidas: 12 a 11. Alan também virou bolas importantes. A reta final foi de tirar o fôlego. E, num erro de Conte, os atuais campeões fecharam o set em 16 a 14 e o jogo em 3 a 2. Bela virada.
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