Daniel Alves celebra jogar pela Seleção e diz: 'Se tiver que tocar pandeiro, eu vou ser o melhor pandeirista'
Lateral será o capitão brasileiro contra Camarões
Daniel Alves vai ser titular na partida contra o Camarões nesta sexta-feira pela terceira rodada do Grupo G do Mundial. Aos 39 anos, o lateral se tornará o jogador mais velho a representar a Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo. Em coletiva nesta quinta-feira, o jogador celebrou a marca.
- Pra mim representa o fato de poder estar vestindo a camisa da Seleção Brasileira. Não importa a competição, se é amistoso… o que importa é representar seu país, disputar uma Copa do Mundo. Pra mim é um motivo de orgulho ainda estar representado a Seleção. São muitos anos e é uma satisfação muito grande poder encerrar este ciclo jogando uma Copa do Mundo - disse.
O lateral ainda comentou sobre seu papel dentro da Seleção Brasileira e brincou com as críticas que vem recebendo por conta da convocação à Copa do Mundo.
- Acho que minha missão na seleção é entregar o meu melhor. São 26 jogadores com capacidade de entregar. Nos dois jogos que eu não estive nosso time foi bem. Esse é o plano passado aqui. Estou a serviço da Seleção Brasileira. Se tiver que tocar pandeiro eu vou ser o melhor pandeirista que você já viu. Às vezes não é só jogar futebol. A Seleção Brasileira vai além do campo. Todo mundo é importante dentro da sua missão. O futebol foi mudando, os jogadores mudaram suas características. Sei o meu momento, sei o que entrego para a seleção, sei que alguns jogadores podem estar melhores - declarou.
Daniel Alves contou sobre o debate que foi criado sobre a contestação da sua convocação e sobre as cobranças que recaíram sobre ele. Para o lateral, não existiria a discussão se ainda estivesse no Barcelona e não é um assunto que o incomoda.
- Para eu estar na Seleção Brasileira alguém tem que pagar a conta. se eu estivesse no Barcelona não teria esse debate. É uma coisa que me incomoda, mas não é uma coisa que me afeta. Não quero que as pessoas falem mal de mim sem me conhecer. É fácil para elas fazerem isso. Mas eu prefiro ir por outro caminho. eu confio no meu trabalho.
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Questionamentos sobre sua convocação
- A vida me ensinou que quando você coloca na mente o que você quer, quando coloca trabalho, dedicação, proceder, você vai a lugares inimagináveis. É isso que está acontecendo agora. São 16 anos na Seleção Brasileira dando o meu melhor. A vida premia as pessoas que amam o que fazem, que se entregam na sua missão. A Copa do Mundo não é simplesmente estar jogando no seu clube, mas sim estar bem na Seleção Brasileira.
Preparação para a Copa do Mundo
- Quando eles estiveram no México, eu não estava nas melhores condições. Temos uma confiança adquirida nesse tempo que é de falar a verdade. Eles viram que eu não estava no meu melhor momento e decidiram não me chamar. Me disseram que eu tinha que melhorar para voltar. Falei para eles me darem a missão que eu iria executar. Quando voltaram, viram minha condição. Sou comprometido com as causas, com as metas. Confiança não se pede, se conquista. E eu conquistei.
Martinelli e Antony
- Em um grupo de alta performance não existe reservas e titulares. Nós precisamos respeitar nossa profissão, nossos jogadores. Faz pouco tempo eles estavam jogando a Copinha e hoje estão na Copa do Mundo. Isso mostra o quão dedicados são e o quanto precisamos virar homens rapidamente. Eles estão sendo premiados não só por representar a Seleção mas por entrar em campo. São 16 anos aqui e esse é o mais equilibrado de todos os grupos que peguei aqui, e isso foi construído. Não importa a idade, se você tem nível e capacidade você pode servir a seleção brasileira.