Desembargador João Luiz Lessa assume presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas
Após a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em afastar do cargo o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Washington Luiz, a presidência do órgão foi assumida interinamente pela desembargadora Elisabeth Carvalho, até o retorno do vice-presidente, desembargador João Luiz Azevedo Lessa, que estava fora de Alagoas passando por tratamento de saúde. O desembargador assumiu a presidência na tarde desta segunda-feira (04), e nesta terça-feira (05), já presidirá a sessão do Pleno, prevista para começar às 9h.
O desembargador assumiu o cargo durante reunião com os demais integrantes da Corte, os desembargadores Tutmés Airan, Fábio Bittencourt, Domingos Neto, Fernando Tourinho, Kléver Loureiro, Otávio Praxedes, Paulo Lima, Pedro Augusto, Alcides Gusmão, José Malta Marques e Sebastião Costa. Na ocasião, João Luiz Azevedo Lessa afirmou que dará continuidade às reformas e trabalhos que vêm sendo desenvolvidos no âmbito do Judiciário estadual.
Ao assumir a presidência do TJ/AL, João Luiz Lessa deixa a Câmara Criminal, que vinha ocupando há quase três anos. Em seu lugar ficará um juiz convocado, que deve ser escolhido nos próximos dias.
Afastamento do presidente do TJ/AL, desembargador Washington Luiz
O CNJ decidiu, na último dia 28, afastar o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Washington Luiz, e dar andamento em três Processos Administrativos Disciplinares contra entre ele. Em um dos processos, o desembargador afastado é investigado por envolvimento na máfia da merenda. De acordo com a denúncia, o denominado Cartel da Merenda teria agido em 57 municípios dos Estados de Alagoas, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Washington Luiz ainda é investigado em outros dois PADs, sendo um sobre uma suposta interferência em um processo no Tribunal de Justiça de Alagoas contra seu ex-genro e prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus, que teria fraudado licitações entre os anos de 2009 e 2013 gerando um prejuízo de R$ 1,3 milhão; e outro aposta uma suposta atuação do desembargador afastado favorecendo o prefeito de Joaquim Gomes, Antônio de Araújo Barros, quando o gestor teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores e acabou reconduzido ao cargo em decisão durante plantão criminal.