Servidores do Ifal paralisam atividades e protestam contra ajuste fiscal do governo
Manifestantes se reuniram em frente ao prédio da reitoria do Instituto, na manhã de hoje (1º)
Servidores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira (1º) e realizaram um protesto contra o ajuste fiscal do governo, cortes de verbas na Educação e implantação de ponto eletrônico. O ato acontece em frente ao prédio da reitoria, na Jatiúca, e conta com professores e técnicos administrativos, além de estudantes em geral.
Segundo a assessoria, a paralisação é fruto da decisão coletiva de lutar contra retrocessos no âmbito nacional e local. Servidores dos 15 campi do estado e da Reitoria devem aderir ao movimento.
"Estamos em luta contra ataques do governo golpista de Temer que quer acabar com a Educação e os serviços públicos, assim como contra a Reitoria, que quer restringir direitos e fazer os servidores pagarem pela crise", disse Hugo Brandão, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Profissional e Tecnológica no Estado de Alagoas (Sintietfal).
O sindicalista apresentou a PEC 241/16 como a principal ameaça hoje à Educação pública. "Se aprovada, congelará gastos com Saúde e Educação por 20 anos. Já não temos Orçamento garantido para 2017, é possível ter cortes de vagas e até não concluir o ano por falta de recursos. Com a PEC, essa situação deplorável pode persistir até 2037", completou o sindicalista.
Os servidores lutam, também, contra a instalação do ponto eletrônico no Ifal e defendem a manutenção das 30 horas para os técnicos administrativos em Educação. "O ponto eletrônico cumpre o objetivo de desviar o foco dos reais problemas do Instituto - que sofre com falta de pessoal e a falta de recursos - para o servidor. Busca, também, criar condições para a aumentar a jornada de trabalho dos técnicos sem aumento de salários. Não aceitaremos qualquer retrocesso", assegurou Brandão.