Índice preocupante de mortes de LGBT em AL faz GGAL criar núcleos no estado
Em 2016, 21 pessoas morreram no estado por causa da sua orientação sexual
O GGAL (Grupo Gay de Alagoas) traz um dado preocupante para o estado. Ao todo, 21 homossexuais foram mortos vítimas de violência em 2016. Neste ano, o número já chega três pessoas. Por isso, a organização quer criar núcleos em todos os municípios alagoanos, para coibir práticas que ponham em risco a vida dessas pessoas.
Além do índice de mortes, o Grupo contabilizou 84 ocorrências de agressões físicas e morais no ano passado. Nos três primeiros meses de 2017 foram registradas 7 agressões contra os homossexuais.
O presidente do GGAL, Nildo Correia, explica que o foco neste ano está na formação de núcleos do GGAL espalhados pelos 102 municípios alagoanos, para desenvolver políticas socioeducativas e formar, em cada cidade, uma liderança, que ajudará na coleta de dados de violência - física e moral ou de morte - contra a população LGBT e na divulgação das ações de assuntos referentes ao grupo.
Para a elaboração dos núcleos, o grupo organiza um curso de formação política de novas lideranças LGBT, em Alagoas, que funcionará à distância, com duração de quatro meses e três aulas presenciais nos dias 21, 22 e 23 de abril.
“O objetivo do curso, além de formar novas lideranças e trazer gente nova para a militância, é ter os mesmos como pontes de apoio e referência do GGAL nos municípios alagoanos”, explica Nildo Correia. A pessoa que tenha interesse em fazer parte da militância pode participar do curso, no entanto, apenas uma pessoa por município será selecionada. Os interessados em participar precisam solicitar a ficha de inscrição no e-mail: [email protected] ou pelo whatsApp 98888-5300. Além disso, devem ter acesso a computador e internet, cursado o ensino médio completo ou parte do fundamental.
Durante as aulas presenciais, as despesas com hospedagem, alimentação e material didático ficará por conta da organização do curso.