Estudante é impedida de fazer Enem por uso de bomba de insulina
Uma jovem de 15 anos foi impedida de realizar a prova do Enem em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, porque estava usando uma bombinha eletrônica de insulina fundamental para sua sobrevivência. A garota, que não quer ter seu nome exposto, foi avisada pela coordenação da escola que só poderia realizar o teste se desligasse o aparelho.
Em nota, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela prova, alegou que a estudante deveria ter solicitado "atendimento específico" ao fazer a sua inscrição no Enem. O órgão inclusive enviou ao UOL o trecho do edital que aponta essa necessidade.
Ali, aparece que o atendimento específico deve ser solicitado por "gestante, lactante, idoso, estudante em classe hospitalar e/ou pessoa com outra condição específica". No entender do Inep, portadores de diabetes tipo 1, como a jovem de Lauro de Freitas, se encaixam nessa "condição específica".
Mas a estudante, que fez a inscrição por conta própria, não entendeu assim. "Ela disse que não colocou porque não se sentiu incluída nas opções que tinha. Não havia nada sobre portadores de diabetes", argumenta a mãe, que também não quer exposição.
"Os editais precisam ser mais claros. Diabetes é uma doença crônica. A pessoa que tem diabetes já passa por muitas circunstâncias que criam dificuldades. Ela não tem uma necessidade especial. Ela não tem deficiência. Ela tem é uma doença crônica", argumenta.
Tudo poderia ser resolvido se a jovem tivesse feito a prova junto com um fiscal. Após informar à coordenação da escola sobre a bombinha eletrônica, a jovem foi retirada da sala de aula na qual estava inscrita e levada para uma salinha separada. Lá, sentou junto de um fiscal e estava pronta para iniciar o exame quando a coordenadora voltou com a proibição.
"Quando ela falou que não poderia tirar a bombinha, perguntaram se não tira pra tomar banho. Então eles falaram que ela poderia tirar para a prova também. Só que ela só pode tirar por uma hora, no máximo", explica a mãe, que acredita que a coordenação poderia ter aplicado a prova mesmo assim. "Eles atestaram o caso no registro das ocorrências. Poderiam registrar que ela teve um fiscal ao lado e pronto, mas optaram por não fazer."
De acordo com o Inep, a coordenadora identificou que a jovem não solicitou a atenção especial e que "por razões de segurança na aplicação", não permitiu a participante realizar a prova com o equipamento.
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