Governo estima que mais de 30 empresas se instalem em Alagoas em dois anos
Informação é da Sedetur e revela que empreendimentos serão nos setores de indústria, serviços e hotelaria, fortalecendo cadeias produtivas do Estado
A expectativa é que 35 novas empresas se instalem em Alagoas nos próximos dois anos. A informação é fruto de um levantamento da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) e revela que estes empreendimentos serão nos setores de indústria, serviços e hotelaria, fortalecendo importantes cadeias produtivas do Estado.
Juntas essas empresas representarão um investimento de mais de R$ 1,5 bilhão, gerando mais de três mil novas oportunidades de emprego em Alagoas. O economista e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Cícero Péricles ressalta a importância desses resultados para a economia do Estado.
“Além de aumentar a capacidade produtiva da economia local, [as novas empresas] trazem novas oportunidades de emprego e de renda, movimentam a atividade dos municípios onde se localizam, e, claro, geram mais impostos. Trazer 35 novos empreendimentos numa conjuntura nacional difícil como a que estamos vivendo, com três anos de recessão ou crescimento baixo, é ainda mais importante”, explica o economista Cícero Péricles.
Estes novos empreendimentos são atraídos a Alagoas por meio de políticas de incentivo fiscal implantadas pelo Governo de Alagoas, como o Prodesin (Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado), além de incentivos locacionais e regimes especiais para instalação de Centros de Distribuição, Centros Atacadistas e Distribuidores de medicamentos.
Umas das indústrias que chegam ao Estado é a Duratex, que irá produzir mdf para fabricação de móveis. O empreendimento pode ser considerado uma indústria âncora, por incentivar a vinda de outros empreendimentos.
“Parece positivo que o eucalipto seja plantado em áreas que não podem ser utilizadas para outro tipo de agricultura, em terras de encostas ou de solo menos produtivo. O vínculo dessa produção, da madeira, com a indústria moveleira e de outros ramos, abre a possibilidade de crescimento”, pondera Péricles.
Consolidação de cadeias produtivas
Dos novos empreendimentos, cinco são empresas que irão compor a cadeia produtiva da química e do plástico, já considerada uma das mais fortes do Estado, tendo em vista grandes empresas como a Braskem. Outros cinco investimentos são centros de distribuição, a maioria dessas instalada em Maceió e região metropolitana.
Segundo Péricles, fortalecer as cadeias produtivas já existentes é imprescindível para a economia do Estado. “A [cadeia] da química e do plástico, pela presença ativa da Braskem, interessada na atração de novas indústrias para sua proximidade, é um exemplo. Temos mais de uma centena de empresas, de todos os portes, neste setor. Pela estrutura já construída, esse segmento tem maior capacidade de atrair investimentos para Alagoas”, completou.
Cresce protagonismo do turismo na economia alagoana
Enquanto a indústria canavieira que, historicamente, se tornou a grande matriz econômica de Alagoas, está perdendo o espaço na conjuntura da economia alagoana, reduzindo a apenas 5% de participação no PIB, o turismo avança e se torna alternativa concreta para o crescimento do Estado.
“A economia alagoana está atravessando uma fase de transição, tudo está mudando. Podemos citar casos extremos, como os do turismo e setor canavieiro. O turismo está se firmando como uma alternativa concreta e real para a economia alagoana. O aumento do movimento de passageiros no aeroporto, o melhor desempenho da cadeia turística na chamada ‘baixa estação’, o fortalecimento da rede hoteleira e gastronômica e o anúncio de mais investimentos em unidades hoteleiras revelam que o turismo alagoano saiu do campo das promessas, do ‘potencial’, história que vinha desde os anos 1970, para ser uma realidade”, revela Péricles.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, explica que o novo momento vivido pelo Estado fruto das políticas implementadas pela atual gestão é um diferencial para atrair novos investimentos.
“Atualmente Alagoas vive um novo momento. O Estado é o segundo em solidez fiscal do país e lidera o ranking de transparência de dados, isso aliado a medidas como o novo Prodesin e outros incentivos fazem com que nós nos destaquemos a nível nacional, ainda mais nesta atual conjuntura econômica do Brasil. Além disso, temos indicadores sociais positivos como segurança e educação que também servem como atrativos para novos investidores”, explica Brito.
Ainda segundo o secretário, os investidores foram beneficiados com um processo transparente e honesto para concessão desses incentivos. “Todos esses fatores nos dão credibilidade nos negócios. Além disso, o povo alagoano é um povo trabalhador que, apesar da baixa qualificação, abraça as oportunidades e dá conta do recado. Estes indicativos positivos são motivo de grande satisfação e orgulho para nós”, finaliza o secretário.