Embora o caso de Roberta Costa Dias corra em segredo de justiça, a Polícia Civil concedeu coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (04) para tratar do caso que voltou às páginas policiais da imprensa alagoana depois da transcrição de um áudio do suposto autor material vir à tona.

Seis anos após o crime, a comissão formada por quatro delegados, presidida por Cícero Lima, deve concluir o inquérito nos próximos de 30 dias. A coletiva foi coordenada pelo delegado Paulo Cerqueira, delegado Geral da Polícia Civil.

A polícia explica que a dificuldade de chegar aos assassinos se deu, entre outras razões, por se tratar de um crime sem testemunhas ou filmagens. Cerqueira explicou ainda que, mesmo havendo confissão, por si só ela não vale como prova, como previsto pelo código do processo penal. Cerqueira explica que os suspeitos precisam ser colocados na cena do crime. O mesmo se dá com a degravação feita pela Policia Federal, após pedido de apoio da PC. Somente a degravação também não serve como prova. “Isso levaria a uma absolvição facilmente, declara o delegado.

Cerqueira reafirmou que a motivação do crime teria sido a gravidez de Roberta. O genitor não tinha a intensão de assumir a criança e, por essa razão, teria premeditado e executado o crime, com a ajuda de um comparsa.

Na época do crime, dois policiais chegaram a ser presos, suspeitos de participar do deseparecimento da jovem, mas depois tiveram a prisão relaxada. “Só a comissão poderia avaliar a participação ou não dos policiais. Não sei o fundamento das prisões,” informa Cerqueira.

O delegado também afastou a hipótese de que os assassinatos do pai e avó da vítima tenham ligação com a morte de Roberta. Segundo Cerqueira, a motivação do assassinato de ambos, ocorrido anos depois do desaparecimento de Roberta, teria sido uma rixa com uma família de Piaçabuçu.

Relembre o caso
Roberta Costa era moradora de Penedo e foi morta em 12 de abril de 2012. Ela estava grávida, quando desapareceu. Seu corpo nunca foi encontrado.

Na transcrição do áudio vazado, ele teria sido morta pelo namorado e um amigo dele. A vítima teria sido esganada com um fio de uma extensão, dentro do carro de um dos acusados e seu corpo enterrado em uma cova rasa.