Fecomércio estima que prejuízos podem chegar a R$ 640 mi em Alagoas
O cálculo foi projetado para os cinco dias de paralisação dos caminhoneiros que mudou a rotina no País
Nesta sexta-feira (25) a Fecomércio em Alagoas divulgou os números relativos ao prejuízo causado pela greve dos caminhoneiros. Contabilizando os cinco dias sem atividades, o saldo negativo pode chegar a R$ 640 milhões.
Esse valor insere todas as atividades produtivas do comércio, serviços, indústria e agropecuária.
A escassez ocorre em alguns produtos, tais como os combustíveis. “Tal situação ocasiona prejuízo para o consumidor e para o empresário que não terá como abastecer”, disse. Essa escassez leva ao aumento de preço pela baixa oferta do produto. “Trata-se de um choque adverso inflacionário, ou seja, aumento de preços provocados pela falta de produtos. E como estamos em um mercado capitalista, o produto acaba sendo valorizado. O estoque é vendido por um preço maior para poder compensar”, disse o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha.
O cenário pode gerar preocupação porque as pessoas ficam com receio do desabastecimento e buscam estocar alimentos e combustível para se precaverem de um possível aumento de preços.
Na análise de Felippe, o setor de aviação é um dos segmentos mais prejudicados. Para ele, o Governo Federal precisa ceder para normalizar a situação em detrimento da falta de investimento em outros modais para a entrega de produtos e insumos.
O economista considera o valor do combustível elevado para o consumidor final. A Petrobras repassa o combustível a R$ 1,70. No entanto, até a chegada ao consumidor final, no caso de Alagoas, são pagos 28% de ICMS, PIS/Cofins (R$ 0,79 por litro) e a CID (R$ 0,10 por litro).