Médicos denunciam descaso da Santa Casa de Maceió
Entidade estaria desestruturando o serviço ao SUS
Foi divulgada nesta quinta-feira (14) uma carta assinada por 110 médicos que foi entregue à direção da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. O grupo está insatisfeito com a nova direção que está suspendendo atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O documento foi divulgado pelo médico cardiologista, José Wanderley Neto que escreveu sobre a indignação que sente. “Durante esse período não medimos esforços para salvar vidas e acalentar os corações dos que mais necessitam de assistência, o alagoano pobre e dependente do SUS. São pessoas que precisam da essência filantrópica do hospital e abnegação de sua equipe médica”, escreve.
O médico afirma que o hospital se “perdeu com o comando ditatorial de uma gestão predatória, que busca eliminar os que não concordam com o afastamento da instituição”.
Ele relembra que há quatro anos, a atual direção da Santa decidiu fechar o centro cirúrgico da cardiologia, iniciando, o que ele explica um desmonte de todo o serviço.
“O desmonte, injustificável, continuou com várias medidas tomadas pela atual direção e causou a divisão do corpo clínico e separamento dos setores, promovendo discórdia e fazendo desaparecer, gradativamente, a importante contribuição dos cardiologistas fundadores do serviço de cardiologia e a referência na especialidade”, descreve.
O médico cita vários motivos, e renuncia ao cargo de coordenador do setor. “Diante dessa situação incompreensível, do desmonte injusto e irracional, comunico que não sou mais o coordenador da cardiologia e da cirurgia cardiovascular da Santa Casa”.
Lista de indignação
O manifesto assinado pelos médicos traz uma lista de fatos que vão de encontro ao que o corpo de funcionários está vivendo.
Eles alegam o distanciamento da Administração e da Direção Médica do seu Corpo Clínico, levando a desmotivação e insegurança; desestruturação dos serviços médicos e progressiva terceirização, com eventual prejuízo para a assistência aos enfermos; algumas peças publicitárias não condizentes a realidade do hospital; esvaziamento do Conselho Médico e da Direção Médica; alinhamento da Santa Casa de Maceió com os hospitais privados, criando a falsa impressão de bonança financeira que contrasta com o sucateamento de alguns serviço e a falta de participação do corpo clínico no planejamento e expansão dos serviços médicos e da própria instituição.
Os médicos solicitam providências e mudanças para restabelecer a harmonia entre o Corpo Clinico e a Administração. Para isso, eles pedem a eleição direta de um Diretor Médico para interlocução com o corpo Clínico, de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Medicina; restabelecimento do Conselho Médico como instância de decisão da atividade médica e regulação dos serviços médicos, subordinado ao Diretor Médico eleito; acesso às receitas e despesas da instituição, seus custos reais e dos respectivos serviços, além da resolução dos problemas de repasse dos honorários médicos e plano de reestruturação dos serviços médicos, hospitalares e ambulatoriais, a ser legitimado pelo Conselho Médico.
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