Estamos preocupados com a dimensão do caso, diz presidente do Cremal sobre exercício ilegal da medicina em AL
A facilidade na falsificação de diplomas é a principal preocupação da entidade
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas, Fernando Pedrosa, comentou sobre a operação do Ministério Público de Alagoas (MP-AL) realizada nesta terça-feira (14) onde três pessoas foram presas por exercer ilegalmente a medicina no estado.
O médico destacou que está preocupado com a dimensão do caso e relembrou que no último ano, situações como esta surgiram em Alagoas.
“Tem que ver as causas. O rapaz que estava fazendo o mesmo em São Luiz do Quitunde, usou um diploma falso de uma universidade de Minas Gerais apenas modificando no computador”, relembrou Pedrosa.
Ele disse que no caso ocorrido hoje, os estudantes que vão para o exterior não conseguem validar seus diplomas e falsificando documentos, conseguem trabalhar. “Por eles terem conhecimento, fica mais fácil se esconderem”.
Pedrosa também falou sobre aplicativos que estão cadastrando médicos. “Os profissionais se cadastram e as prefeituras ou órgãos realizam a busca, mas não há nenhuma autenticidade do diploma ou algum tipo de auditoria”.
Sobre os médicos que teriam ajudado os falsos profissionais, Pedrosa lembrou que eles terão direito à ampla defesa. “Caso seja comprovada a participação, a pena pode variar, observamos os prós e contra, se ocorreu falha grave, se não resultou em algum dano grave a pacientes. A punição pode ser desde uma advertência à cassação do diploma”.
No fim da tarde, a assessoria do MP-AL informou que mais detalhes do caso não serão repassados, pois as investigações ainda estão em andamento.