Na sessão que retomou os trabalhos na Casa de Mário Guimarães, após o luto pela morte do vereador Silvânio Barbosa (MDB), o pedido inusitado de uma parlamentar chamou a atenção na tarde desta terça-feira (18). Tereza Nelma (PSDB) declarou que os membros da Câmara deveriam ter planos de saúde custeados pelo legislativo municipal.

O assunto surgiu após os gastos com o velório e sepultamento de Silvânio. "A Assembleia e a Câmara Federal tem um auxílio funerário para esses tipos de caso" e continuou entrando na questão dos planos de saúde: "A Casa tem condições de apresentar uma resolução. Quando adoecemos, os tratamentos são muito caros".

Ela disse que se sentiu humilhada quando o plano de saúde não reconheceu seu último tratamento. "Precisamos ter um olhar mais humanizado para nós mesmos. Temos um duodécimo que dá condições para isso".

"É constrangedor a gente está doente e ter que pedir empréstimo porque não temos condições de bancar nosso tratamento", completou informando que o cotidiano de vereador é estressante. "Nossa vida não é fácil".

Samyr Malta (PSDC) também entrou na discussão, mas ao contrário de Tereza, argumentou que a Casa poderia fazer um convênio. "Existem diversos planos de saúde que poderiam ser descontados em folha".

Luciano Marinho (Podemos) reforçou as declarações da colega de parlamento. "Comungo da fala da nobre vereadora. O vereador se arrisca nas comunidades e nas grotas, expodo sua vida e saúde".

Ele ainda pediu que a Casa estudasse a possibilidade dos membros receberem 13° salário.

Atualmente um vereador de Maceió recebe R$15,031,76 com os descontos, além de uma verba de R$ 10 mil, e dez cargos comissionados com salários variados dependendo da função.