Sindpol denuncia infestação de ratos na Delegacia de São Miguel dos Campos

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) constatou a infestação de ratos na Delegacia Regional de São Miguel dos Campos. Em uma inspeção, realizada pelo presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, que também registrou a superlotação de presos. Celas, que cabem quatro pessoas estão com sete. Ao todo são 28 presos em situação desumana, encarcerados em um espaço que deveria conter no máximo 18 detentos.
Por conta do acúmulo de material de apreensão, espalhado no pátio da carceragem, os presos não podem tomar banho de sol. Algumas celas também estão cheias de computadores, motos, entre outros objetos de apreensão, que servem de habitat para os ratos.
Tendo em vista a proliferação da praga, muitos presos foram mordidos por ratos. Eles colocam telas feitas artesanalmente com sacolas plásticas nas grades para evitar a entrada dos ratos. O presidente do Sindpol chama a atenção dos problemas de saúde e das precárias condições de trabalho aos policiais civis. “Isso é um absurdo. Os presos não têm culpa da ingerência do Estado de Alagoas. A Delegacia Geral tem que dedetizar a regional”, critica.
Ricardo Nazário revela que a responsabilidade de ocorrência de problemas com os presos sempre recai sobre os policiais civis, o que não é justo para o profissional de segurança pública, que está sofrendo com o desvio de função, pois a custódia de preso não é função constitucional do policial civil.
Outra problemática constatada é a falta de alimentação dos presos na Delegacia Regional. A família é quem leva o alimento para os detentos. A maioria deles são de municípios circunvizinhos, o que dificulta o acesso dos parentes que, normalmente, não possuem condições financeiras para se deslocar até São Miguel dos Campos.
Em frente à delegacia regional, carros apreendidos poluem o ambiente e servem para abrigar todo o tipo de pragas.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, informa que está oficializando toda a problemática à Delegacia Geral, à Secretaria de Segurança Pública, ao Conselho Estadual de Segurança Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que tomem providências, citando como solução a dedetização da delegacia e a retirada dos materiais apreendidos.
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