Alfredo Gaspar de Mendonça, procurador-geral do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), se reuniu na tarde desta terça-feira (22) com a diretoria da Braskem para falar sobre os acontecimentos envolvendo o bairro do Pinheiro, em Maceió.

A reunião que foi aberta a imprensa, teve como objetivo esclarecer e tornar público o que já se investigou sobre as rachaduras e buracos que estão se abrindo no solo da região.

Desde que ocorreu o tremor em março do ano passado, moradores estão alegando que a extração da salgema na região, realizada desde os anos de 1980, seria a causadora da mudança no solo do bairro.  

“É hora de abrir as páginas, relatórios, documentos. Porque a população não pode ser chamada a evacuar a área e não saber o que exatamente está ocorrendo. Ou seja, se o Ministério Público de Alagoas tem conhecimento, a população também deve ter”, disse o procurador-geral. Ele reforçou que é “tempo da transparência” e que o MP-AL não abrirá mão disso.

No último dia 15, o MP-AL pediu a abertura do sigilo da investigação, amanhã ocorrerá uma reunião do Conselho Superior e na quinta-feira (24), Gaspar irá se reunir com o prefeito.

“Já conversei com o governador, com os técnicos e agora com a Braskem. Iremos esperar todos os laudos conclusivos, mas estamos defendendo como prevenção que qualquer causa humana seja mitigada para depois não haver a omissão de que poderia ter feito isso e não houve essa iniciativa”.

Gaspar reforçou ainda que espera que a população tenha as respostas necessárias.