Pinheiro: Braskem afirma que falha geológica é agravada por rede de esgotamento pluvial
Após o abalo sísmico em 2018, dois últimos poços do bairro foram desativados
O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, ouviu do gerente de Relações Institucionais da Braskem, Milton Pradines, e de consultores técnicos esclarecimentos sobre as atividades da empresa na extração de sal-gema, nessa quarta-feira (24).
A Braskem afirmou que não há poços sobre as zonas das áreas de riscos e que, ao longo dos anos, não houve registros de problemas na superfície longe dos poços de extração.
Os representantes da empresa falaram sobre uma falha geológica que existe no bairro e que estaria sendo agravada devido a rede de esgotamento de águas pluviais deteriorada.
Ainda de acordo com o gerente de Relações Institucionais, a Braskem está colaborando com estudos adicionais, apoiando a defesa civil e os órgãos federais que estão fazendo as investigações para encontrar a solução mais rápida.
Tutmés Airan afirmou que está à disposição de todos os atores envolvidos para intermediar uma solução para o problema que, segundo ele, é grave e precisa ser enfrentado com seriedade. “A Braskem tem a tarefa de se comunicar com a população vitimada para esclarecer o tamanho e a gravidade do problema e como uma empresa sediada há muitos anos em Alagoas, se colocar à disposição até como um gesto de solidariedade para as pessoas”.
Ainda de acordo com o desembargador, é necessário disponibilizar explicações para os moradores.
“Eu fiz uma súplica para que a Braskem se comportasse assim. Acho que há um outro caminho também que é esclarecer as próprias autoridades do Poder Executivo sobre o que supostamente é a causa do fenômeno e o que é que tem que ser feito para enfrentá-lo, as providências são urgentes”, disse o presidente.
Explicações da Braskem
A empresa explicou que possui 35 poços de extração de salmoura nos bairros Mutange e Pinheiro, sendo sete deles localizados no Pinheiro e cinco já estavam desativados há anos. Ainda de acordo com a Braskem, os dois últimos poços ativos tiveram suas atividades paralisadas preventivamente após o abalo sísmico, ocorrido em março de 2018.
O gerente de Relações Institucionais da Braskem, Milton Pradines, explicou que a empresa não tem pretensão de ativar os poços que estão no Pinheiro e que a movimentação que a população vê próximo aos poços desativados é para realização de estudos. Segundo ele, os estudos completos irão comprovar que a Braskem não possui interferência nos problemas que o bairro vem sofrendo.
“Muita gente está vendo instalação de sonda, de maquinário nos poços do Pinheiro e não se trata efetivamente de ativação de poços e extração de salmoura, ali a gente está fazendo um trabalho de estudo e inspeção. E já fizemos isso nos dois poços que ainda estavam em funcionamento em 2018 e esses estudos comprovam que não há nenhum tipo de anomalia, de diferença, nada que comprove nenhum problema nessas cavidades. Agora a gente precisa fazer nesses outros cinco que estão mais adiante para que a gente possa entregar uma radiografia completa da integridade desses poços”, informou Milton Pradines.
Últimas notícias
DMTT regulamenta uso de barreiras plásticas para coibir estacionamento irregular
Sesau garante aos pais de crianças atípicas a continuação do Serviço de Equoterapia
São Sebastião realiza 1º Fórum do Selo Unicef e reforça políticas para a juventude
Por unanimidade, STF mantém decisão sobre perda do mandato de Zambelli
Formação original do Barão Vermelho se reúne para a turnê em 2026
Hapvida é condenado a pagar indenização após negar cirurgia à paciente com risco de morte
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
