Homem é impedido de viajar com filha por suspeita de “comprar” bebê
Mãe foi ouvida pela Delegacia Regional de Penedo e confessou transação financeira em troca da criança
O Conselho Tutelar do município de Rio Largo impediu um homem de viajar com filha, de apenas três dias de idade, para o estado de São Paulo na última segunda-feira (18). Ele apresentou atestados médicos falsos e não soube explicar o motivo de deslocar o bebê recém-nascido com a ausência da mãe.
Nessa terça-feira (19), a mãe, natural do município de Piaçabuçu, foi ouvida na Delegacia Regional de Penedo e confessou que houve uma transação financeira em troca da criança.
O suposto pai, identificado como Marcelo Cardoso, conseguiu viajar sozinho para São Paulo ainda na terça-feira.
De acordo com a conselheira tutelar, Danielle Vilar, o órgão foi acionado ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Rio largo, pela peculiaridade de um pai viajar com uma criança de apenas três dias quando o aconselhando é a partir dos seis meses.
“As companhias aéreas não estavam vendendo passagem e agência de viagens achou a situação suspeita. Como o pai não conseguiu comprar passagens, ele estava querendo ir embora, mas a Polícia Civil interviu”, contou.
O Conselho Tutelar levantou o nome do suposto pai e descobriu que ele tinha passagens por cárcere privado contra uma ex-companheira.
Mesmo com a suspeita de “comprar” o bebê, é o nome dele que consta na Certidão de Nascimento da menina, que nasceu no município de Penedo. A criança foi encaminhada para um abrigo.
Em uma nota enviado ao 7Segundos, a esposa de Marcelo Cardoso disse que a criança é fruto de um relacionamento extraconjugal do marido e que as declarações dos conselheiros são fruto de uma perseguição.
De acordo com a nota, os atestados médicos apresentados são do setor de pediatria da Santa Casa de Penedo. A esposa de Marcelo Cardoso também conta que não houve transação financeira e que Marcelo Cardoso não tem passagens pela policia.
Ela acusa membros do Conselho Tutelar de agir de forma preconceituosa contra o pai da criança por ser portador de HIV. O casal alega não ter mais notícias da criança.