Emicida homenageia Belchior em single com Pabllo Vittar
Faixa que também conta com participação da cantora não-binária Majur faz parte do novo projeto do rapper, "AmarElo"
Em clipe gravado no Complexo do Alemão, a faixa “AmarElo” abre com um longo monólogo acompanhado por imagens do Rio de Janeiro. O narrador do monólogo seria alguém próximo ao cantor que tentou suicídio. A canção irrompe com um sample da faixa “Sujeito de Sorte”, clássico de 1976 na voz do cantor Belchior.
É assim que Emicida apresenta a faixa que dá título a seu próximo trabalho de estúdio. A escolha deste trecho emblemático do cantor cearense, todavia, não é por acaso. Os versos “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro” remetem às taxas de assassinatos da população negra e LGBTQ+.
"A música é cheia de mensagens importantes, atuais e que retratam a diversidade, a luta e a força que vivemos todos os dias. O valor social que 'AmarElo' carrega é enorme e vai promover reflexões que precisam, cada vez mais, ser levantadas", reflete Pabllo Vittar.
Sobre o novo trabalho, o rapper Emicida define “Amarelo” como um experimento social: "Agora, decidimos trazer este termo para a luz da ribalta e ilustrar de forma mais consistente como compreendemos o que é ser, em nosso tempo, um artista que muitas vezes vê a sua produção transcender, inclusive, a própria arte", comenta o artista.