Renan Filho classifica manchas de óleo como “crime da idade média”
Entidades ambientais articulam ações para minimizar os impactos
O governador de Alagoas Renan Filho (MDB) classificou como 'crime da idade média' o desastre ambiental que assola as praias do Nordeste. A afirmação foi dada em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (17), no Salão de Despachos, no Palácio República dos Palmares, em Maceió.
"O Nordeste brasileiro com a sua receptividade, com as suas belezas naturais, não merece receber óleo nas suas praias. Isso é crime da idade média. Não pode acontecer no século XXI um desastre ambiental dessa natureza", informou Renan Filho.
Na oportunidade, Renan Filho sugeriu ainda que o governo Federal utilize todas as ferramentas ao seu alcance para identificar os culpados, além de pedir a punição ao causador do problema.
"É fundamental que descubra-se de onde vem esse óleo. Aquele que deu causa a esse vazamento deve ser radicalmente punido. Eu sugeria ao governo Federal que utilize todas as suas ferramentas: o Exército, a Abim, a Polícia Federal, as universidades federais, os satélites que o país possui para identificar o que tá dando causa a isso. Aqui nós não podemos fazer esse trabalho, isso é um trabalho para o país, até porque afetou 160 praias em vários estados, não só aqui em Alagoas, mas nós vamos fazer nossa parte, limpar as praias, minimizar o impacto", alertou.
Manchas de óleo
O último relatório do Ibama, atualizado nessa quarta (16), mostra que 23 trechos de praias em 12 municípios alagoanos foram atingidos pelas manchas de óleo. São eles: Feliz Deserto; Maceió; Piaçabuçu; Coruripe; Paripueira; Roteiro; Barra de Santo Antônio; Marechal Deodoro; Passo de Camaragibe; Japaratinga; Barra de São Miguel e; Maragog. A lista ainda não conta com o município Porto de Pedras. Em todo o Brasil, já são 160 praias afetadas.