Acusados de matar Marielle irão a júri popular
Os réus estão presos preventivamente na penitenciária federal de Porto Velho (RO), desde maio de 2019.
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu nesta terça-feira (10) que Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz, acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) em 2018 serão irão a júri popular.
"O embate entre a tese ministerial (do Ministério Público) e as defensivas deve ser decidido pelo Tribunal Popular", escreveu o juiz Gustavo Gomes Kalil. A decisão acontece poucos dias antes de o crime completar dois anos, no próximo sábado (14).
As defesas, no entanto, devem recorrer. Responsável por representar Élcio, o advogado Henrique Telles afirmou que ele e outros profissionais estão estudando a sentença e irão recorrer.
"Estamos analisando a sentença e vamos recorrer. Eu e o meu grupo de advogados, estamos analisando, examinando [a sentença]. A nossa contrariedade é com a pronúncia. Não há prova contra o meu cliente", afirmou o advogado.
Os réus estão presos preventivamente na penitenciária federal de Porto Velho (RO), desde maio de 2019. A solicitação de separação dos réus depende também do aval do juiz-corregedor do presídio de Porto Velho. Além da unidade em que eles estão presos, há outros quatro presídios federais no país.
Ronnie e Élcio negaram envolvimento na morte de Marielle e Anderson --o primeiro é acusado de atirar contra as vítimas, e o segundo, de dirigir o carro usado na ação. Os dois afirmaram que estavam num bar assistindo a um jogo do Flamengo na TV no momento das mortes.
A Polícia Civil ainda apura, sob sigilo, a existência de mandantes dos homicídios.
As defesas dos réus negam a participação deles no crime.