Saúde

Alagoana após vencer a covid-19 em SP: “tive a certeza que ia morrer”

Bancária Ana Patrícia Bezerra Moura, 43, chegou a passar 4 dias na UTI e recebeu alta na última segunda (16)

Por 7Segundos com UOL com UOL 22/03/2020 13h01
Alagoana após vencer a covid-19 em SP: “tive a certeza que ia morrer”
Alagoana Ana Patrícia conseguiu vencer o coronavírus após 4 dias na UTI em SP - Foto: UOL

Uma mulher residente em Maceió é um dos casos de cura após a Covid-19 que está sendo divulgado pela imprensa. Ana Patrícia Bezerra Moura, 43, estava passando férias com o marido na Itália e interrompeu a viagem de volta ao apresentar os sintomas da doença provocada pelo coronavírus.

 

A bancária, que é mãe de três filhos, passou 10 dias internada em um hospital de São Paulo, quatro deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ao desenvolver insuficiência respiratória. “Por algumas vezes, tive a certeza de que ia morrer, principalmente quando estava na UTI”, relatou Ana Patrícia para o portal UOL.

 

Ela relatou que conhecer a Itália e Roma com o marido era a viagem dos sonhos do casal e que, entre o final de fevereiro e início de março - quando não haviam tantos casos e mortes provocados pela Covid-19 - a doença era tratada com desdém pelos italianos. “Diziam que era uma coisa que não existia lá, que se houvesse era apenas uma gripe forte”, relatou

 

No dia 2 de março, quando retornava na viagem Roma - Londres - São Paulo, passou a apresentar os primeiros sintomas da doença: febre baixa, tosse e dor de garganta. Ela entrou em contato com o irmão, que é médico e mora em São Paulo, e decidiu ficar até receber o diagnóstico, enquanto o marido retornava para Maceió.

 

“Eu sai do aeroporto e fui para o hospital. Fui medicada porque estava com dor de garganta, fiz ausculta, fiz o raio-x e não deu nada. Fiz os exames para o teste para Influenza e para o corona e vim para casa. Meu irmão saiu, e eu fiquei no apartamento dele, sozinha, em isolamento. Dois dias depois saiu o resultado positivo para a covid-19”, contou.

 

Ana Patrícia foi um dos cinco primeiros casos de doença provocado pelo coronavírus diagnosticado em São Paulo. Além dos sintomas iniciais, ela passou a sentir dor de cabeça e houve uma piora da tosse, além do nariz congestionado. A piora do quadro a levou ao hospital e quando ela passou a sentir falta de ar, foi para a UTI. Hoje, mesmo após ter recebido alta médica, permanece em São Paulo, devido a sequela da doença.

"Eu estou curada do coronavírus. Isso foi dito pelos médicos. Fiz dois exames que deram negativo: Mas ainda estou com a sequela do vírus, ainda tenho pneumonia; por isso não voltei a Maceió, continuo aqui em São Paulo. Ainda tenho tosse, não igual a que tinha antes, mas não é mais do vírus, é da pneumonia", disse.