STF nega pedido da Rede para fixar valor de auxílio a trabalhadores
O ministro Marco Aurelio Mello, do Supremo Tribunal Federal, disse que o governo e o Congresso têm atuado para conceder assistência a trabalhadores durante a pandemia da covid-19
O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal) negou, em decisão liminar (provisória) nesta 2ª feira (30.mar.2020), pedido da Rede Sustentabilidade para que a Corte fixasse uma renda mínima emergencial para todos os trabalhadores listados no cadastro único e todos os seus dependentes, além de desempregados que tenham número de identificação social.
Eis a íntegra da decisão
Na ação, o partido alegou omissão do Executivo e Legislativo diante da pandemia da covid-19 –doença causada pelo novo coronavírus. Sugeriu que fosse concedido 1 benefício de no mínimo R$ 300 e de no máximo de R$ 1.500 por família de 2 trabalhadores e 3 dependentes, independente da família ser beneficiária ou não do programa Bolsa Família.
Na decisão, Marco Aurélio afirmou que o pedido é “impróprio” e “improsperável”, pela “inexistência de omissão” do governo do presidente Jair Bolsonaro e do Congresso Nacional. Segundo o ministro, o Executivo e o Legislativo já estão tratando sobre a definição de auxílio emergencial.
“Surge impróprio o pedido formalizado nesta ação. Não cabe a fixação, no âmbito precário e efêmero, nem mesmo no definitivo, de auxílio revelador de renda básica emergencial temporária. Frise-se, por oportuno, que a matéria está sendo tratada pelos 2 Poderes – Executivo e Legislativo –, aguardando votação no Senado da República”, disse.
“Em síntese, o pedido formulado é improsperável, seja em virtude da inexistência de omissão dos citados Poderes, seja considerado o objeto último – a definição de valor superior ao por eles versado”, completou.
Na última 5ª feira (26.mar.2020), a Câmara dos Deputados aprovou uma proposta do governo de criar o o “coronavoucher” – voucher (cupom) para trabalhadores informais atingidos pela crise do coronavírus. O auxílio emergencial, no valor de R$ 600,00, deve ser concedido por 3 meses. A proposta deve ser analisada pelo Senado nesta semana.