Quarentena: Ministério Público alerta às famílias sobre vigilância com crianças para evitar abusos sexuais
Quase 90% dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes são registrados no ambiente familiar
Atenção redobrada, acompanhamento 24 horas para evitar que crianças sofram abusos nesse tempo de quarentena. A preocupação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) parte das 59ª e 60ª Promotorias de Justiça da capital responsáveis pelo trabalho de combate às ações criminosas que assassinam a infância, brutalmente, de várias formas. Os promotores de Justiça, Dalva Tenório e Lucas Sachsida pedem que os pais e demais familiares sejam vigilantes e evitem deixar as crianças, no regime imposto diante do quadro da Covid-19.
De acordo com a promotora de Justiça, é perceptível o aumento considerável de denúncias pelo Brasil e o alerta é para que Alagoas não faça parte desse quantitativo de violência.
“Os abusadores, conforme estatísticas mais atualizadas, geralmente são integrantes da família. Em pesquisas, constatei que no Brasil os registros são preocupantes nesse período de isolamento social. Então alertamos às pessoas para que tenham um olhar mais cuidadoso nesse momento de suspensão das atividades escolares. Na verdade, queremos garantir a precaução para isolarmos a possibilidade de ação dos criminosos”, ressalta Dalva Tenório.
O Promotor de Justiça, Lucas Sachsida, lembra que o projeto abuso sexual notificar é preciso, vencedor como melhor trabalho no combate à criminalidade do país no prêmio CNMP 2019, continua ativo e o Ministério Público atuante na proteção de nossas crianças e adolescentes.
Violência
Em 2019, a Ouvidoria Nacional do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) apresentou relatório afirmando que quase 90% dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes são registrados no ambiente familiar e que, no ano anterior, o Disque 100 recebeu 17.093 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes. Desse total, 13.418 de abuso e as demais direcionadas à exploração sexual, o maior n´mero de vítimas 73,4% sendo meninas e 18,6 meninos. Os outros percentuais sem identificação do sexo.
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