Intenção de consumo das famílias maceioenses cresce com isolamento social
Medidas trabalhistas para resguardar empregos e compras com intenção de estocar produtos em casa explicam a alta

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) realizada em Maceió pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que, mesmo em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19), houve ligeira alta de 0,8% na variação mensal do consumo, em Maceió.
Embora pequena, a elevação encerra a sequência de quedas registrada no primeiro trimestre. Contudo, o consumo de abril deste ano está 1,9% mais baixo do que no mesmo período do ano passado.
Avaliando os dados do levantamento, o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha atribui, em parte, a ligeira elevação do consumo em tempos de pandemia ao aumento de 4,8% na confiança dos trabalhadores quanto à manutenção do Emprego Atual. “Podemos entender que o aumento da confiança recai sobre a aprovação da MP 936, que permite a preservação do emprego e renda dos trabalhadores, por meio da redução da jornada e dos salários, mas com complementação da renda assegurada pelo governo federal. Isso deu maior confiança aos empregado em tempos de quarentena e isolamento social”, explica.
Ainda de acordo com a pesquisa, também aumentou a sensação de melhora em termos de perspectiva profissional (0,8%), demonstrando que as pessoas acreditam que, pós-pandemia, a recuperação da atividade econômica será rápida, permitindo aumento de salários e promoções.
Apesar de os maceioenses elevaram a intenção de consumo e se sentirem mais seguros no emprego, o consumo a prazo teve queda de 0,4%. Porém, o subindicador de nível atual de consumo, comparado com o mesmo mês do ano passado, está 0,6% acima. “Essa sensação se deve ao isolamento social, pois ao irem aos mercados e comprarem com o intuito de estocar um volume maior de alimentos e produtos em casa, a impressão de estarem consumindo mais aumenta”, observa Felippe.
Com os consumidores em casa, a intenção de adquirir bens de maior valor caiu, justificando a redução nas compras a prazo. Por outro lado, com a queda na demanda, os preços estão caindo e já começam a despertar o interesse de alguns consumidores, elevando, na variação mensal, o consumo de bens duráveis em 1,4%. “Embora possa parecer contraditório, não o é. A economia é cíclica e rápida. Como a demanda por bens duráveis caiu sensivelmente, bem como a procura por outros bens, a exemplo de combustíveis, os preços foram retrocedendo e, como consequência, o consumo de bens duráveis. Ou seja, enquanto a maior parcela de consumidores tem evitado comprar produtos caros, outra já vê uma oportunidade”, explica o economista.
Na avaliação do economista, a perspectiva de consumo deve cair 5% nos próximos meses como consequência da redução de renda e do valor do auxílio emergencial, que ajudará, mas não atenderá a todas as necessidades de boa parte das famílias.
Veja também
Últimas notícias

Léo Santana e Calcinha Preta agitam São João Massayó nesta quinta (26)

Cabo Bebeto critica aumento de despesas em AL e alerta para má gestão dos recursos públicos

Marcelo Beltrão quer colocar os municípios alagoanos no topo da educação do Brasil

Deputado Fabio Costa cobra reforço na segurança após crime em Pilar

Câmara de Maceió define calendário para indicação de emendas e votação da LDO
Alagoas mantém nove cadeiras na Câmara dos Deputados após decisão do Senado
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
