Educação

Programa emergencial tem ajudado escolas a não falirem em AL, diz sindicato

Evasão escolar tem ocorrido principalmente na Educação Infantil

Por 7Segundos 05/06/2020 07h07
Programa emergencial tem ajudado escolas a não falirem em AL, diz sindicato
Segundo Sinepe, evasão escolar tem ocorrido principalmente na Educação Infantil - Foto: Pixabay

Desde março, as aulas da rede pública e privada de ensino estão suspensas em Alagoas como forma de prevenção ao novo coronavírus. De lá para cá, as instituições particulares de ensino se adaptam para passar o mesmo conteúdo de forma online, mas algumas sofrem com a evasão de alunos.

Em entrevista ao 7Segundos, a secretária executiva do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Alagoas (Sinepe/AL), Lavínia Galindo, contou que isso ocorre, principalmente, com estudantes do ensino infantil.

“Está ocorrendo uma evasão escolar por meio de cancelamentos de contrato de alunos, principalmente, da Educação Infantil. Os pais não concordam com o ensino remoto para esse público e, ainda, sob a argumentação que houve abalo financeiro na família”.

Questionada sobre o número de escolas que pediram falência em Alagoas, Lavínia Galindo diz que o Sinepe não tem números oficiais, mas acredita que isso ocorreu em uma escala pequena.

Ela explica que a maioria das empresas aderiu ao Programa Emergencial de Emprego e Renda, do Governo Federal.

O programa oferece medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública. O Governo Federal completa renda dos funcionários quando houver redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, ou suspensão temporária do contrato de trabalho.

“A situação ficou insustentável economicamente falando nas escolas da livre iniciativa privada. A inadimplência continuou crescendo, houve solicitação de cancelamentos de contratos educacionais, motivos pelos quais as escolas perderam receita para satisfazerem seus compromissos mensais. Daí a necessidade em aderir ao programa”.

Ela também diz que pais de alunos do Ensino Médio podem ter tirado os filhos das escolas, mas que devem ter trocado para outra instituição, pois os alunos seriam prejudicados com a descontinuidade do ano letivo.

”As escolas que ofertam o Ensino Médio continuam com as aulas remotas, inclusive, estimulando os simulados, de maneira que vislumbram a participação dos seus estudantes no ENEM. O fato de ter havido um adiamento do ENEM, não quer dizer que as escolas deixem de trabalhar nesse perfil, pois apenas houve uma prorrogação. Pode até haver alguma mudança neste ínterim, uma vez que o país está passando por uma situação atípica que está atingindo a todos os setores, inclusive, o educacional".