Política

Tereza Nelma: “Empreendedores dos bairros destruídos pela Braskem também não podem ser esquecidos”

A principal reivindicação do grupo é ser contemplado de maneira mais justa

Por Assessoria 09/06/2020 16h04
Tereza Nelma: “Empreendedores dos bairros destruídos pela Braskem também não podem ser esquecidos”
Tereza Nelma, titular da Comissão Externa sobre Afundamento do Solo em Maceió - Foto: Assessoria

A deputada federal Tereza Nelma reforçou que os bairros de Maceió atingidos pelo afundamento do solo pela extração demasiada de sal-gema pela Braskem, não podem ser esquecidos, mesmo durante a Pandemia. A parlamentar participou de uma live na noite desta segunda-feira (8), junto a Associação dos Empreendedores no bairro do Pinheiro e o senador Rodrigo Cunha.

A deputada Tereza Nelma, titular da Comissão Externa sobre Afundamento do Solo em Maceió, da Câmara dos Deputados, ressaltou que, como os contaminados pelo Covid-19, os moradores e empresários não podem esperar. “É uma problemática que se arrasta há anos e já deveria ter sido resolvida. Os empresários não estão satisfeitos. E tanto eu, como o senador Rodrigo Cunha, vamos tentar intermediar uma solução mais justa e eficaz para todas as partes”, afirma a Tereza Nelma.

A principal reivindicação do grupo é ser contemplado de maneira mais justa para os mais de três mil empreendimentos comerciais da região no acordo de desocupação das áreas de risco, firmado pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública da União, Defensoria Pública Estadual e a Braskem. O documento só faz referência a uma ajuda de mudança no valor de R$ 10.000 reais, a ser prestada pela Braskem. Para os empreendedores que compõem a Associação, o valor é baixo e não possibilita o recomeço do negócio em uma outra localidade.

Alexandre Sampaio, empresário e presidente da Associação dos Empreendedores no Bairro do Pinheiro afirma que não foram ouvidos, apesar de sua participação em todas as audiências públicas no Senado, na Assembleia Legislativa, na Câmara de Vereadores e no CNJ, em Brasília. Além dessa cláusula dos R$ 10.000, uma outra condição é que os empresários passem a posse do imóvel para a Braskem. A Associação já protocolou suas reivindicações no Ministério Público Federal.

“Quem pode recomeçar em outro lugar com esse valor? Isso não paga sequer alguns meses de aluguel de um novo ponto comercial. São cerca de 10 mil famílias que estão correndo o risco de ficar sem trabalho e renda. Jamais aceitaríamos essas cláusulas”, protesta Alexandre.

A deputada Tereza Nelma e o senador Rodrigo Cunha se comprometeram em agendar até à próxima semana uma reunião com o Ministério Público, para que esse acordo seja revisto com a participação de todas as partes envolvidas, inclusive os empreendedores e empresários.