Tereza Nelma promove debate sobre a situação das pessoas com deficiência durante a pandemia
Teleconferência ocorreu nesta terça-feira

A deputada federal Tereza Nelma promoveu uma teleconferência nas suas redes sociais, nessa terça-feira (05), para debater sobre a situação das pessoas com deficiência durante a pandemia da Covid-19. “Pessoas com deficiência têm mais chances de se contaminarem. E mesmo assim, pouco se fala de forma direcionada a esse público. Isso precisa mudar”, afirma a deputada.
“Há uma série de fatores envolvidos, quando falamos de saúde, principalmente a baixa imunidade. O principal é se os hospitais estão preparados para acolher essas pessoas em caso de infecção pela Covid-19. Ao buscar auxílio médico, é necessário toda uma estrutura física acessível e profissionais qualificados ao atendimento. Uma pessoa surda, terá como se comunicar e dizer o que sente aos médicos? Não podemos deixar para resolver isso depois, a prioridade é agora”, questionou Tereza.
O presidente da Associação dos Surdos de Alagoas, Mario Lima, afirmou que a falta de acessibilidade está presente no dia a dia da pessoa com deficiência, mas que jamais pode ser segundo plano ao se tratar da vida. “Muitas pessoas com deficiências, como cegos, surdos e outras deficiências intelectuais, tem dificuldade de absorver as orientações dos órgãos de saúde, justamente pela falta de acessibilidade. Eles podem estar com o vírus e nem saber que foram infectados, porque não entendem os sintomas. Só em Alagoas já tivemos 80 óbitos, quantos desses eram surdos? Não sabemos”.
O Coordenador da Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério de Saúde, Ângelo Roberto Gonçalves, reforçou que todos os protocolos de atendimento estão seguindo o que preconiza a Lei Brasileira de Inclusão. “Os protocolos de atenção hospitalar, por orientação do Ministério da Saúde, já preveem o atendimento prioritário e acessível para as pessoas com deficiência. No entanto, se por algum motivo, sintam que não receberam o atendimento adequado, inclusive com os protocolos de acessibilidade, elas devem procurar a Defensoria Pública e garantir seus direitos. A LBI é a nossa maior bandeira nesse momento e está ao nosso favor. Não podemos esquecer dessa lei, porque ela garante prioridade especialmente em situações de risco, emergência e calamidade pública, que é o que estamos vivendo”, explicou o coordenador.
Como presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado Léo Loureiro disse estar atento e cobrando providências das Secretarias de saúde e do governo do estado. “O primeiro passo é um protocolo estadual específico para as pessoas com deficiência, que explique onde estão e quais são os lugares de referência em atendimento. Na próxima semana vamos chamar as Instituições para participarem da criação desse protocolo, e que sejam um parceiro no suporte de identificação de sintomas”.
Também acompanharam a live a deputada estadual Jó Pereira, a Presidente da Associação dos Profissionais Tradutores, Intérpretes e Guias-intérpretes de Alagoas-APTILS, Gilmara Farias, representantes do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa com Deficiência, o Conselho Municipal de Assistência Social, a instituição Família de Anjos de Alagoas, AAPPE, Fundação Casa do Especial, Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas, Associação dos Cadeirantes de Alagoas, Associação Pestalozzi de Maceió, Associação das pessoas com Câncer.
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