Líder de tradicional família política, desembargador alagoano volta a ser alvo do CNJ
Washington Luiz é suspeito de facilitar soltura de advogado que extorquia reeducandos

O desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Washington Luiz, voltou a ser alvo de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após operação da polícia alagoana que resultou na prisão de advogados envolvidos num esquema que facilitava a transferência de reeducandos no sistema prisional do Estado.
A operação denominada “Bate e Volta”, da Polícia Civil de Alagoas, acabou provocando reação do corregedor nacional de Justiça substituto, ministro Emanoel Pereira, que instaurou reclamação disciplinar para apurar eventual violação de deveres funcionais por parte do desembargador alagoano.
De acordo com matéria publicada no portal do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na quarta-feita (10), a decisão de Washington Luiz em revogar a prisão de um advogado envolvido no esquema de extorsão de presos levantou suspeitas pelo fato de o acusado ser filho do juiz da Vara de Execuções Penais, José Braga Neto - que também será investigado pela corregedoria do CNJ.
O ministro Emanoel Pereira determinou o prazo de 15 dias para que o desembargador Washington Luiz e o juiz José Braga Neto prestem esclarecimentos ao órgão correcional do CNJ.
Atuação política
Com um irmão deputado estadual e a filha como titular de uma importante secretaria de Estado, o magistrado é o líder político da família Damasceno de Freitas, com forte atuação no sertão de Alagoas. Melina Freitas (a filha) e Xepa (o irmão) também já respondem na Justiça acusações de corrupção, enquanto foram gestores dos municípios de Piranhas e Olho D’água do Casado, respectivamente.
Venda de liminares
Washington Luiz já chegou a ser afastado da presidência do TJ por processo administrativo disciplinar (PD) do CNJ, acusado de vender por R$ 250 mil liminares a empresa do esquema de corrupção denominado de “Cartel da Merenda Escolar”.
Favorecimento à prefeito
Em 2018, o desembargador do TJ foi investigado, também através de PAD, sobre suposto favorecimento ao ex- prefeito de Marechal Deodoro e ex-genro, Cristiano Matheus. No entanto, o CNJ deliberou pela absolvição de Washington Luiz.
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