Nuvem de gafanhotos se distancia do Brasil, segundo autoridades argentinas
Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina diz que praga se move para o oeste da província de Corrientes, em direção ao Rio Paraná
Depois três operações no último final de semana para eliminar as nuvens de gafanhotos na Argentina, autoridades sanitárias daquele país constataram que a praga está em direção ao Rio Paraná, no oeste da província de Corrientes, e se distancia do Brasil e do Uruguai.
“Após controles focados no domingo, um céu limpo e temperaturas próximas a 20º C foram suficientes para o movimento para o oeste. Mais uma vez se aproxima do Rio Paraná, afastando-se do Brasil e Paraguai”, afirmou na manhã desta segunda-feira (29/6) o engenheiro agrônomo e chefe do Programa Nacional de Gafanhotos do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), Hector Emilio Medina. "Sem localização precisa, a nuvem cruzou a rota 23 por volta das 14h", completou o engenheiro, ficando entre as cidades de Sauce e Esquina.
No começo da última semana, os gafanhotos estavam a 250 quilômetros da fronteira com o Brasil, mas têm avançando rapidamente. Neste domingo (28/11), a praga foi encontrada pelas autoridades fitossanitárias do país vizinho em uma propriedade na cidade de Curuzú Cuatiá, em Corrientes, a mais de 100 quilômetros com o Brasil, onde foi realizada uma nova ação para conter a propagação e o deslocamento do inseto.
No sábado (27/6), o Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola do Brasil (Sindag) informou que 15% da nuvem havia sido eliminada depois de o país vizinho coordenar um primeiro ataque aos insetos, de acordo com informações vindas da Argentina. Mesmo assim, técnicos mantiveram o monitoramento constante. O assentamento das pragas em solo tem facilitado o uso de químicos para o combate às pragas.
Ao chegarem no local, funcionários do Senasa observaram que boa parte da população de gafanhotos havia sido eliminada após a operação de combate realizada no sábado pela manhã. Foi a segunda ação coordenada para dizimar os insetos. A primeira ocorreu no entardecer de sexta