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Seria o rosto de Jesus? Fotógrafo usa IA para criar imagens hiper-realistas

Bas também criou imagens conceituais de pessoas que fazem parte da história

Por Tilt 21/07/2020 16h04
Seria o rosto de Jesus? Fotógrafo usa IA para criar imagens hiper-realistas
Bas também criou imagens conceituais de pessoas que fazem parte da história - Foto: Reprodução

Você já pensou como seria o rosto da Estátua da Liberdade, localizada em Nova York (EUA), se em vez de uma escultura ela fosse uma mulher de verdade? Ou ainda como seria o rosto de Jesus Cristo? Foram esses e outros questionamentos que fizeram o fotógrafo holandês Bas Uterwijk enveredar pelo mundo da inteligência artificial.

Atuando como fotógrafo há 14 anos e com formação em computação gráfica, animação 3D e efeitos especiais, Uterwijk cria obras hiper-realistas utilizando um software chamado Artbreeder. O aplicativo usa inteligência artificial e redes neurais para criar imagens combinando o que se sabe sobre rostos reais e a maneira como a luz se comporta na fotografia.

"Um amigo que trabalha com arte conceitual me enviou o software há cerca de um ano e imediatamente comecei a utilizar. Uso principalmente o Artbreeder, mas também uso algum Photoshop quando a inteligência artificial fica aquém do esperado", explicou Bas Uterwijk a Tilt.

O artista compartilhou as imagens obtidas a partir de seu trabalho em sua página no Instagram. De acordo com ele, uma das maiores dificuldades em transformar as obras em fotos hiper-realistas é quando a própria obra não possui uma expressão tão real, como é o caso da Estátua da Liberdade.

"Às vezes acaba sendo muito difícil porque a obra não é tão realista, então tenho que encontrar algo entre o real e a obra apresentada. Na Estátua da Liberdade, por exemplo, eu procuro não apenas transformá-la em uma mulher, mas manter o carisma apresentado pela obra", diz.

Além de trabalhar em cima de obras já existentes, Bas também criou imagens conceituais de pessoas que fazem parte da história, como Jesus Cristo. Para isso ele envia uma série de dados ao aplicativo, além de usar um pouco da imaginação.

"Envio para o aplicativo diversas obras já conhecidas, como o Jesus Cristo de Leonardo da Vinci, mas também preciso usar aquilo que imagino de Jesus Cristo. A partir do resultado em cima das obras, coloco um pouco do que já conhecemos das características de quem vive na Palestina judia, cortei um pouco os cabelos. No final, ficou um rosto próximo do que eu imaginava", explica