EUA compram todas as doses de vacina prevista para este ano
O anúncio foi feito pelos dois laboratórios, que assinaram um contrato para o fornecimento do imunizante.
Os Estados Unidos vão desembolsar quase 2 bilhões de dólares para garantir todas as 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Pfizer e pela Biontech, previstas para este ano. O anúncio foi feito pelos dois laboratórios, que assinaram um contrato para o fornecimento do imunizante.
O acordo ainda permite ao governo norte-americano obter 500 milhões de doses adicionais. Isso valerá, claro, se a vacina se mostrar segura na última fase de testes em humanos e receber a aprovação da agência reguladora Food and Drug Administration, o que é esperado para outubro.
O acordo faz parte do programa de vacina Operação Warp Speed do presidente Donald Trump, sob o qual várias vacinas estão sendo desenvolvidas simultaneamente.
O programa tem como objetivo entregar 300 milhões de doses de uma vacina contra a covid-19 segura e eficaz até janeiro de 2021. Segundo o governo, elas serão distribuídas gratuitamente aos cidadãos americanos.
Vacina será testada no Brasil
Na terça-feira, a Anvisa autorizou o início dos testes no Brasil com esse imunizante desenvolvido pela empresa alemã BioNTech e pela farmacêutica norte-americana Pfizer. Os Ensaios devem começar em agosto, com 1 mil pessoas selecionadas nos estados de São Paulo e da Bahia.
O recrutamento dessa vez não será exclusivo para profissionais de saúde. Qualquer pessoa que tenha entre 18 e 55 anos pode se candidatar.
O início dos testes ainda depende da aprovação do Conep, órgão do Ministério da Saúde responsável pela avaliação ética de pesquisas clínicas, e da organização do recrutamento de voluntários, que é de responsabilidade dos pesquisadores.
Nas fases iniciais de testes, essa vacina se mostrou segura e capaz de induzir resposta imunológica. O resultado preliminar foi publicado na segunda-feira, 20. Em um ensaio clínico feito no início do mês, nos EUA, o imunizante foi capaz de induzir um alto nível de reações de células T (de proteção) contra o novo coronavírus.